O secretário Municipal de Saúde de Cuiabá, Luiz Antonio Pôssas de Carvalho ressaltou que o melhor remédio para conter o avanço do novo Coronavírus (Covid-19) é a adoção de medidas técnicas conjuntas entre todos os poderes. A fala do gestor aconteceu nesta segunda-feira (08), durante videoconferência com deputados estaduais.
“Não há qualquer divergência política por parte da gestão Emanuel Pinheiro no que se refere à Covid19. Pelo contrário, por diversas vezes nos colocamos prontos a sentar com equipes técnicas para discutirmos a melhor forma de enfrentarmos esse inimigo comum que é o Coronavírus. Não é momento para discutirmos política no sentido de quem fez mais ou menos. E sim, de realizarmos ações técnicas conjuntas buscando soluções e respostas, a exemplo dessa audiência que está sendo feita pelos deputados. Esse é o melhor remédio para conter o avanço desse novo vírus que a cada dia faz mais vítimas em nosso Estado”, enfatizou Pôssas, colocando-se mais uma vez a disposição do governo para diálogos e planos estratégicos conjuntos.
Durante a videoconferência, o gestor também falou sobre o papel do Hospital Municipal de Cuiabá nesse processo pandêmico. “Respaldados pelas determinações da Organização Mundial de Saúde e pelo Comitê Municipal de Enfrentamento ao Coronavírus optamos por não misturar os pacientes infectados com os de outras doenças. Dessa forma, o HMC a priori não atenderá Covid. A medida já se mostrou exitosa, pois, devido ao afrouxamento das medidas de isolamentos ocorridas nos demais municípios, principalmente nos circunvizinhos, fechou o último trimestre com 100% de ocupação das UTIs, 2.098 cirurgias e mais de 6,3 atendimentos de urgências e emergências” disse.
O secretário também respondeu versou sobre os leitos de Unidade Terapia Intensiva (UTI) preparados exclusivamente para atendimento de pacientes acometidos pelo vírus e sua ocupação.
“Criamos 55 novos leitos no Hospital Referência (antigo PS), 40 no Hospital Municipal São Benedito e ainda destinamos a UPA Verdão para centralizar o suporte exclusivo aos infectados que vierem de UPAs e policlínicas. Até o momento, temos cerca de 55% de ocupação desses leitos. Mas, diante de um cenário, onde MT já possui mais de quatro mil infectados confirmados e ultrapassou as 100 mortes em decorrência do vírus, reafirmo que precisamos alinhar as ações técnicas, afinal, mais de 60% dos problemas de Saúde dos mato-grossenses sempre desaguaram em Cuiabá. E sozinhos não daremos conta”, finalizou Pôssas.