Mato Grosso enfrenta uma crise ambiental sem precedentes. O estado lidera o ranking nacional de queimadas desde o início de 2024, com um acúmulo de cerca de 39,6 mil focos de incêndio. A situação é alarmante e coloca em risco a biodiversidade, as comunidades locais e o equilíbrio ambiental da região.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que, entre os dias 12 e 13 de setembro, 80 dos 142 municípios mato-grossenses registraram focos de incêndio, um aumento de 53,75% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa escalada coloca o estado em uma situação crítica, com mais da metade de seus municípios sendo afetados pelas chamas.
O Cerrado, bioma fundamental para o equilíbrio ecológico do país, é o mais atingido pelas queimadas, seguido pela Amazônia e pelo Pantanal. A destruição desses ecossistemas impacta diretamente a fauna e a flora, além de contribuir para o agravamento das mudanças climáticas.
Impactos e consequências em Mato Grosso
As queimadas em Mato Grosso têm diversas consequências negativas:
- Perda da biodiversidade: A destruição da vegetação nativa leva à perda de habitat para diversas espécies de animais e plantas, muitas delas endêmicas.
- Degradação do solo: O fogo destrói a camada superficial do solo, tornando-o mais suscetível à erosão e comprometendo sua fertilidade.
- Poluição do ar: As queimadas liberam grandes quantidades de fumaça e gases poluentes, prejudicando a qualidade do ar e a saúde da população.
- Alterações climáticas: A emissão de gases do efeito estufa contribui para o aquecimento global e intensifica os eventos climáticos extremos.
Municípios mais afetados
Cidades como Cáceres, Santo Antônio de Leverger e Peixoto de Azevedo estão entre as mais atingidas pelas queimadas. A combinação de fatores como vegetação seca, altas temperaturas e ventos fortes contribui para a rápida propagação do fogo nessas regiões.