Proprietários rurais e a Secretaria Adjunta de Turismo fizeram uma denúncia no Comitê Temporário Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman) informando que há pessoas indo até o Pantanal mato-grossense para pescar e fazem acampamentos com fogueiras na região. Além disso, há grupos provocando fumaça para extrair mel de abelhas.
As ações, segundo o coordenador geral do Ciman, coronel Dércio Santos da Silva, tem causado incêndios no bioma, pois as pessoas perdem o controle devido aos ventos fortes e o fogo se alastra pela mata.
Segundo Dércio, o uso errado do fogo tem atrapalhado as ações da força-tarefa na Operação Pantanal 2 e ameaçado os moradores da região que sofrem com as queimadas.
Em pouco mais de três semanas, mais de 200 mil hectares da maior planície alagável do planeta já foram atingidos pelo fogo.
Este é o maior incêndio ocorrido no Pantanal nos últimos 14 anos.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que nos 13 primeiros dias deste mês foram registrados mais focos de queimadas no Pantanal do que durante todo o agosto de 2019. É menos da metade do tempo, mas o número absoluto já apresenta uma alta de 53%.
Nesta segunda-feira (17), a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) iniciou a Operação Integrada Transpantaneira I. O objetivo é apoiar o enfrentamento qualificado aos crimes ambientais, em especial, incêndios florestais e queimadas irregulares.
Para evitar que acampamentos com fogueiras sejam feitos na região, serão criadas barreiras volantes nos principais pontos de entrada do Pantanal.