O dono de uma academia clandestina, que funcionava sem alvará no bairro Tijucal, em Cuiabá, foi autuado pela prefeitura nessa quarta-feira (8) por descumprir o decreto municipal, que determina a quarentena coletiva obrigatória e autoriza abertura apenas de serviços essenciais, nos quais academia não se inclui. A academia funcionava com as portas fechadas e luzes apagadas.
Além disso, a academia também descumpria o toque de recolher, que começa às 20h, na capital.
Os fiscais da Secretaria de Ordem Pública (SORP) do município foram até o local após receber um chamado via disque-denúncia.
De acordo com a denúncia, o estabelecimento funcionava com as luzes apagadas, mesmo assim, era visível a movimentação de alunos entrando e saindo do local.
Durante a fiscalização, que contou com apoio da Polícia Militar, a equipe passou um bom tempo na porta aguardando que alguém atendesse aos chamados.
Em seguida, chegou um dos sócios do estabelecimento, afirmando que estava sem as chaves e, por isso, não poderia abrir a academia.
Depois, ele apareceu com as chaves e abriu a porta do salão principal, onde ficam os equipamentos de musculação e onde são feitas as aulas aeróbicas, mas ninguém estava lá e as luzes estavam apagadas, para tentar despistar os fiscais.
Faltava ainda vistoriar uma sala, mas o responsável afirmou que ali era terceirizado. Os fiscais insistiram para que a porta fosse aberta e o dono da academia continuou se opondo. Depois de algum tempo, as pessoas que estavam dentro da sala resolveram abrir a porta.
O local onde estavam escondidas cerca de 15 pessoas era pequeno e sem ventilação. Professores e alunos estavam todos sem máscara.
Diante do flagrante, os agentes de regulação e fiscalização da Ordem Pública autuaram o proprietário da academia, já que a mesma funcionava sem alvará, o que pode resultar em multa de R$ 609.
Depois de orientação por parte dos fiscais e dos policiais militares sobre os perigos do descumprimento da quarentena coletiva obrigatória para a saúde pública, as pessoas foram dispersadas para que fossem embora.
Aos fiscais, o dono da academia clandestina alegou que malhar em academia é um vício e também que esta é sua única fonte de renda.
O funcionamento de academias descumpre o decreto municipal, que tem como objetivo evitar a circulação de pessoas e, com isso, conter o risco de contágio pelo novo coronavírus, causador da Covid-19.
O toque de recolher, que em Cuiabá vale das 20h às 5h, vale até o dia 20 de julho.
Cuiabá já registrou, até essa quarta-feira (8), 5,6 mil casos de Covid-19 e 278 mortes em decorrência da doença.
Em todo o estado, o número de casos notificados chega a quase 25 mil e 921 mortes já foram registradas em decorrência do novo coronavírus.