Você sabia que não é correto nomear ou descobrir como seu anjo da guarda se chama?
É uma prática comum recorrer à numerologia angelical, astrologia e até mesmo à meditação, para conhecer a identidade dos anjos protetores.
No entanto, estamos incorrendo em algo que não é totalmente correto, de acordo com a religião católica.
Como seres humanos, é nossa natureza ser sociável e um dos primeiros passos para interagir com os outros é perguntar como eles são chamados.
Aqui está o assunto: os anjos não são humanos, são seres divinos elevados enviados por Deus para ajudá-lo e guiá-lo.
“Os anjos são espíritos puros. Eles não têm corpos físicos”, explica o portal Good Catholic.
Portanto, não devemos tratá-los como iguais, mas como o que eles são: membros do mundo celestial.
De acordo com o site especializado em religião católica, existem 4 razões principais pelas quais não é uma boa ideia nomear nossos anjos da guarda.
1. Os anjos não dão seus nomes na Bíblia
Nas Sagradas Escrituras, Deus revelou apenas 3 nomes de anjos: São Gabriel, São Miguel e São Rafael.
Isso é significativo, já que Deus poderia ter revelado mais nomes se quisesse, mas decidiu não fazê-lo, explica Good Catholic.
Isso sugere que não precisamos saber os nomes dos outros anjos, incluindo nossos guardiões.
Em duas passagens da Bíblia, além disso, quando perguntados sobre seus nomes, eles respondem evasivos.
No livro de Gênesis, Jacó tentou saber o nome do ser misterioso com o qual lutou, mas recebeu uma resposta evasiva: “Por que você pergunta meu nome?” (Gênesis 32:24-29).
Da mesma forma, no livro dos Juízes, quando o anjo apareceu aos pais de Sansão, ele se recusou a revelar seu nome, dizendo: “Por que você pergunta meu nome, sendo que é maravilhoso?” (Juízes 13:18).
2. Nomear algo é reivindicar autoridade sobre ele
O ato de nomear tem um significado profundo na tradição bíblica.
No Jardim do Éden, Deus deu a Adão a autoridade para nomear os animais, simbolizando seu domínio sobre eles.
No entanto, Deus não deu a Adão a autoridade para nomear os anjos, pois estes são seres de natureza superior à humana.
Nomear nosso anjo da guarda implicaria, de certa forma, reivindicar uma autoridade que não nos pertence.
Os anjos são seres espirituais que foram criados por Deus com um propósito específico, e sua essência e missão são conhecidas apenas por Ele.
3. Intervenção dos anjos caídos
O mundo espiritual é complexo, e nem todos os seres que o habitam são benevolentes.
Os anjos caídos, também conhecidos como demônios, são especialistas em enganos e podem aproveitar nosso desejo de saber o nome de nosso anjo da guarda para nos confundir.
Quando tentamos descobrir o nome de nosso anjo, podemos interpretar sinais errados ou receber nomes que na verdade não vêm de nosso anjo, mas de influências demoníacas.
Os demônios podem se passar por anjos de luz, enviando sinais falsos para desviar nossa atenção e nos afastar do verdadeiro guia espiritual, comentou o portal religioso.
4. A Igreja diz para não fazermos isso
Good Catholic lembrou que, no Diretório sobre a Piedade Popular e a Liturgia da Santa Sé, se aponta o seguinte:
“A prática de atribuir nomes aos Santos Anjos deve ser desencorajada, exceto nos casos de Gabriel, Rafael e Miguel, cujos nomes estão contidos nas Sagradas Escrituras” (2001).
Este aviso visa nos proteger das possíveis consequências de tentar interagir com o mundo espiritual de forma inadequada.
A Igreja nos lembra que estamos sempre na companhia de anjos, mas também de demônios.
Se um demônio observar que estamos tentando descobrir o nome do nosso anjo da guarda, ele pode tentar nos enganar e nos levar pelo caminho errado.
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