Diante do cenário econômico mundial, a preocupação de como conquistar a estabilidade financeira acaba se tornando uma causa por inúmeros cabelos brancos na população, principalmente a de baixa renda. Muitas pessoas têm dispendido mais tempo na tentativa de manter um certo equilíbrio, posto que os preços dos insumos necessários à nossa sobrevivência estão cada vez mais altos, e infelizmente, os salários não acompanham essa ascensão.
Uma das dúvidas mais frequentes é: como aprender a gerir pessoalmente o nosso dinheiro de forma responsável, fazendo com que ele supra nossas necessidades, sem deixar nossa conta no vermelho?
Sabemos que o cidadão brasileiro não recebe educação financeira junto com o aleitamento materno; é necessário todo um trabalho de esclarecimento no decorrer dos anos. Quando não há equilíbrio nas finanças, acabamos prejudicando até nossa saúde física e emocional.
Dicas para conquistar a estabilidade financeira
1. Organize suas finanças:
- Faça um orçamento: Anote todos os seus gastos e receitas para ter uma visão clara de onde seu dinheiro está indo.
- Crie uma planilha: Utilize ferramentas digitais ou planilhas para acompanhar suas finanças de forma organizada.
- Estabeleça metas: Defina objetivos financeiros claros e prazos para alcançá-los.
2. Controle seus gastos:
- Identifique gastos desnecessários: Analise seus gastos e elimine aqueles que não são essenciais.
- Utilize o método 50-30-20: Destine 50% da sua renda para gastos essenciais, 30% para desejos e 20% para poupança e investimentos.
- Evite o uso excessivo do cartão de crédito: Priorize o pagamento à vista e utilize o cartão apenas para emergências.
3. Crie uma reserva de emergência:
- Poupe gradualmente: Separe uma quantia mensal para formar um fundo de emergência.
- Invista em aplicações de fácil acesso: Escolha investimentos seguros e líquidos, como a poupança ou fundos de renda fixa.
- Tenha pelo menos 6 meses de gastos: O ideal é ter uma reserva que cubra seus gastos por um período de 6 meses.
4. Quite suas dívidas:
- Priorize as dívidas mais caras: Comece pagando as dívidas com as maiores taxas de juros.
- Negocie suas dívidas: Entre em contato com os credores para tentar renegociar as dívidas e obter melhores condições de pagamento.
- Consolidar dívidas: Se tiver várias dívidas, considere consolidá-las em um único crédito com juros menores.
5. Invista seu dinheiro:
- Busque conhecimento: Aprenda sobre diferentes tipos de investimentos e seus riscos.
- Diversifique sua carteira: Não coloque todos os ovos em uma única cesta.
- Comece com pouco: Mesmo com pequenas quantias, é possível começar a investir.
6. Desenvolva uma renda extra:
- Identifique seus talentos: Descubra o que você faz bem e como pode monetizar seus conhecimentos.
- Trabalhe como freelancer: Ofereça seus serviços como freelancer em plataformas online.
- Venda produtos ou serviços: Crie um negócio próprio ou venda produtos usados.
7. Planeje seu futuro:
- Estabeleça metas de longo prazo: Pense em seus objetivos de vida e como suas finanças podem te ajudar a alcançá-los.
- Faça um planejamento previdenciário: Comece a planejar sua aposentadoria o quanto antes.
- Busque conhecimento financeiro: Leia livros, assista a vídeos e participe de cursos sobre finanças pessoais.
Estudo sobre falta de dinheiro do bolso e conflitos familiares
Em junho de 2016 o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) fez uma pesquisa apenas com mulheres, para detectar o comportamento financeiro de casais brasileiros.
Os resultados dessa amostragem foram impressionantes. Os dados revelaram que 37,5% das entrevistadas apontaram o dinheiro como principal motivo de brigas entre o casal.
Em segundo lugar, com 25,7% dos votos, vem a divisão de tarefas do lar, e em terceiro, o ciúme, com 19,6%. Isso em 2016. E ao que tudo indica, não houve melhora.
Passos para organizar suas finanças e evitar o endividamento
Muitas pessoas devem estar se questionando: “Estou com muitas dívidas, como faço para equilibrar minha situação”, ou “Será que consigo mudar meu panorama”? A resposta é: depende. Depende, por exemplo, se teremos coragem de tomar as decisões que precisamos; depende da nossa responsabilidade e da nossa firmeza em executar a organização de nossas contas, dentre outras providências.
O primeiro passo é fazer um verdadeiro raio X da situação financeira: anotar as nossas fontes de renda (formal e informal, se houver) e os valores líquidos recebidos. Em seguida, anotar cada despesa (sem omitir nada, nem o cafezinho na rua) igualmente.
Assim, começamos o trabalho de conscientização própria; confirmaremos, por A + B, onde estamos gastando, quais são os ralos por onde escoam nosso dinheiro, e assim teremos condições de decidir quais gastos diminuir ou cortar.
Se queremos melhorar nossa situação econômica, dependendo do quadro que se apresenta, precisamos começar apertando o cinto. Essa é a primeira de muitas providências que devemos colocar em prática para começar a conquistar o tão sonhado equilíbrio financeiro.