No She Believes, torneio amistoso em Orlando (Estados Unidos), que serve de preparação para a Olimpíada de Tóquio (Japão), a seleção brasileira feminina terá pela frente as anfitriãs e atuais campeãs mundiais no próximo domingo (21), às 17h (horário de Brasília). Antes, porém, as comandadas de Pia Sundhage estreiam contra a Argentina na quinta-feira (18), às 18h. Por isso, a técnica evita detalhar o duelo com as norte-americanas e mantém o foco no primeiro desafio.
“Penso um jogo por vez. Cada jogo dá uma resposta e precisamos destas respostas. Partidas internacionais requerem pensamentos diferentes. Comecemos contra a Argentina. A partir daí, preparamos o time para enfrentar Estados Unidos e Canadá [último adversário do Brasil, no dia 24, às 17h]”, disse Pia em entrevista coletiva por videoconferência nesta quarta-feira (17).
A treinadora não confirmou a escalação que mandará a campo diante das argentinas, mas sabe que não poderá contar com duas peças importantes do time que considera titular: as volantes Luana e Formiga não foram liberadas pelo PSG (França). Apesar de o torneio ser disputado no período voltado a partidas oficiais entre seleções, a pandemia do novo coronavírus (covid-19) levou a Federação Internacional de Futebol (Fifa) a autorizar os clubes a não cederem atletas em casos de restrição de viagem ou de quarentena obrigatória.
“Sou positiva, penso que é a chance de testarmos novas jogadoras. Luana e Formiga são experientes e muito importantes. Mas será interessante ver jogadoras como Andressinha, Julia [Bianchi] ou mais alguém entrando no meio-campo. Precisamos de um time inteiro que ajude a melhorar ataque e defesa”, descreveu a técnica sueca.
O She Believes é o quarto torneio amistoso de Pia desde agosto de 2019, quando estreou no comando da seleção feminina. Na ocasião, as brasileiras foram vice-campeãs do Torneio Internacional de Futebol Feminino, em São Paulo, ao perderem nos pênaltis para o Chile. No mesmo ano, a equipe foi finalista do Torneio Internacional da China e foi superada pelo time da casa, novamente nas penalidades. Em março do ano passado, o Brasil dividiu o terceiro lugar do Torneio da França com o Canadá, atrás de Holanda e das próprias francesas, que foram campeãs.
“Ganhar [jogos] é importante, mas também aprender em cada jogo. Por exemplo: a Argentina marca de forma mais agressiva. Teremos a capacidade de jogar em espaços menores? Contra os Estados Unidos, o quanto de confiança nossa defesa pode ganhar ao enfrentar o melhor time do mundo? Diante do Canadá, uma seleção ótima no ar, ganharemos ou perderemos mais as disputas por cima? Há sempre lições a serem tiradas e precisamos ser honestos para saber onde precisaremos trabalhar”, opinou Pia.
“Vocês provavelmente verão quase todas as [25] jogadoras em campo [ao longo do torneio]. Esperamos que elas correspondam, mas é só o começo. Haverá outras partidas amistosas e períodos de treinos, outras avaliações”, completou a técnica, que dirigiu o Brasil em 13 duelos desde 2009, com oito vitórias, quatro empates e uma derrota.