Recentemente, as Sociedades Anônimas do Futebol (SAF) foram implementadas no futebol brasileiro e causou alvoroço entre os torcedores dos clubes que aderiram a SAF e não seria diferente com os torcedores do Vasco e a 777, uma das SAFs mais caras do Brasil.
Àquela época, o que poderia dar errado em um projeto inovador e com tantas promessas feitas pela 777, empresa americana que comprou a Sociedade Anônima do Futebol do Vasco da Gama, iludindo totalmente o torcedor cruzmaltino. A grande pergunta que devemos fazer é bem simples: Porque a SAF do Vasco deu tão errado, diferentemente de outros modelos aqui no Brasil, como do Botafogo e do Cruzeiro? A resposta é que ninguém vai conseguir responder essa pergunta.
Em tom de brincadeira, já ouvi de torcedores vascaínos que “era óbvio que a pior SAF possível seria para o Vasco”, mas me fez refletir sobre esse tipo de tema e vou tentar abordar alguns erros feitos pela direção do Gigante da Colina nessa transação do futebol profissional do clube.
O primeiro erro no meu entendimento, foi a pressa para acertar com a 777, mesmo havendo outros interessados em comprar o futebol do Vasco, sem ao menos pesquisar sobre a empresa, ao que parece, e caso tenha tido algum tipo de busca, foi muito mal-feita. Mesmo sendo uma empresa, com todo o profissionalismo, os outros modelos de SAF da 777 não são exemplos e o Vasco é o maior clube dos que pertencem a empresa, com maior torcida e aparentemente eles não entenderam a grandeza e como funciona o Vasco da Gama.
Mais uma vez, no meu entendimento, outro erro cometido pela 777 foram as contratações feitas para o elenco do Vasco, como Pedro Raul, Luca Orellano e Pumita Rodriguez, sendo que o primeiro já foi até negociado com o futebol mexicano.
À princípio, a empresa de Josh Wander pensou em um time, não em um elenco e o futebol brasileiro cobra quando você monta apenas um time titular, sem pensar que o campeonato é longo e você vai precisar de peças de reposição e hoje, o time do Vasco necessita de outras peças, já que as contratadas não deram certo, caso de Luca Orellano.
Muito pedido no time titular por grande parte da torcida, o argentino demandou um grande investimento da 777 e deixou claro que não queria jogar pelo clube, não se esforçando para demonstrar o mínimo que o torcedor pede: vontade.
Muitos já decretam o rebaixamento do Vasco, mesmo sendo cedo e tendo mais 22 jogos pela frente, agora com um comando técnico diferente. O torcedor do Vasco deve ficar mais esperançoso e acreditando em uma reabilitação no campeonato, a situação é difícil, mas não impossível.