O Governo Federal, por meio do Ministério da Cidadania e da Secretaria Nacional do Paradesporto, lançou nesta sexta-feira (01/04), véspera do Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo, o Programa TEAtivo, voltado para crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista. A Portaria MC nº 7TEAtivo60, que institui o programa, foi publicada no Diário Oficial da União.
Trata-se de uma política pública inédita e que tem como objetivo permitir o acesso à prática de atividades físicas e de lazer a crianças e adolescentes autistas com idade entre cinco e 18 anos. Os dois primeiros núcleos serão implementados em Goiânia e no município de Tanguá, no Rio de Janeiro. Cada um beneficiará 300 pessoas. Na capital fluminense, o projeto será realizado no Parque Olímpico da Barra, um dos legados dos Jogos Rio 2016.
O investimento da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania para implantar o projeto nos dois núcleos iniciais é de R$ 1,4 milhão. Os convênios já foram firmados com as prefeituras e os projetos estão na fase de contratação de profissionais. Até o fim do ano, o objetivo é que o TEAtivo atenda mais duas mil crianças, totalizando 2.600 beneficiados em 2022. Para isso, mais R$ 1,7 milhão serão investidos.
“O objetivo do TEAtivo é oferecer de forma gratuita e sistemática o acesso à práticas corporais, atividades físicas, esportivas e de lazer, contribuindo para efetivação dos direitos e construção da cidadania de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista”, afirma Agtônio Guedes, secretário nacional do Paradesporto.
Metodologia
O projeto tem como base a metodologia de Rodrigo Brivio, especialista em atividades físicas direcionadas a crianças com Transtorno do Espectro Autista. Além de ceder a metodologia, ele vai capacitar os profissionais que atuarão nos núcleos do TEAtivo. Brivio desenvolveu um método que reúne equipamentos de ginástica artística, brincadeiras e exercícios de propriocepção, capacidade que o próprio corpo tem de avaliar em que posição se encontra a fim de manter o equilíbrio quando está parado, em movimento ou ao realizar esforços.
“O paradesporto brasileiro é referência em todo o mundo, mas temos um leque grande de pessoas que não disputam Paralimpíadas. Já temos as Surdolimpíadas, evento grande, e agora lançamos esse projeto para beneficiar crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista. Os benefícios do esporte para essas crianças e jovens será tremendo”, encerra o secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Marcelo Magalhães.
Com informações do Ministério da Cidadania