O gaúcho Daniel Cargnin, de 23 anos, determinou em Tóquio a manutenção de uma tradição de nove ciclos olímpicos. O judô brasileiro sobe ao pódio de forma ininterrupta em todas as edições desde 1984, em Los Angeles. Cargnin gravou seu nome nessa galeria ao conquistar o terceiro lugar na categoria meio-leve, até 66kg.
“Estou muito feliz. Eu me preparei muito. Só eu, meus amigos e minha família sabemos o quanto sofri quando os Jogos foram adiados. Sempre tive um sonho de medalhar aqui em Tóquio. Estou feliz demais com isso, com o processo que eu tive. Sem meus amigos, sem o apoio, teria sido muito difícil”, afirmou o atleta.
O caminho para o bronze
O estreante Daniel Cargnin venceu Mohamed Abdelmawgoud, do Egito, e Denis Vieru, da Moldávia, além do italiano e número 1 do mundo, Manuel Lombardo, para chegar à semifinal. Nessa etapa, contudo, foi superado pelo japonês Hifume Abe que acabou a noite com o título de campeão olímpico.
A disputa do bronze foi com o israelense Baruch Shmailov, número oito do mundo. Com um waza-ari conquistado com 1min30s de luta, o brasileiro soube administrar a vantagem e conquistar o pódio.
PAAR
Daniel Cargnin é 3º Sargento da Marinha do Brasil e integra o Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) do Ministério da Defesa. Atualmente, o PAAR é integrado por 551 militares atletas em 30 modalidades. Desse total, 92 embarcaram para Tóquio.