A Polícia Civil estima que, com os valores corrigidos, o Cruzeiro teve um prejuízo de R$ 10 milhões somente com o que foi apurado na primeira fase das investigações sobre irregularidades no clube, finalizada e entregue ao Ministério Público, na última segunda-feira.
O valor foi informado pelo chefe da Divisão Especializada em Investigação de Fraudes da Polícia Civil, Domiciano Monteiro, em coletiva de imprensa nesta terça-feira, em Belo Horizonte.
– A gente tem que ter muita cautela nisso, porque a dívida do Cruzeiro é muito alta, é noticiado por todos vocês da imprensa. Não cabe à Polícia fazer auditoria do clube. A gente apura fato criminoso, prejuízo que a gente conseguiu confirmar foi em torno de 8,20 milhões, corrigidos mais de R$ 10 milhões – disse o chefe da divisão.
A Polícia Civil indiciou os ex-dirigentes Wagner Pires de Sá (ex-presidente), Itair Machado (ex-vice-presidente de futebol) e Sérgio Nonato (ex-diretor geral do clube) e mais quatro empresários (Wagner Cruz, Carlinhos Sabiá, João Ramalho e Cristiano Richard).
A Polícia Civil identificou a possibilidade de ter havido falsificação de documentos, falsificação ideológica, apropriação indébita, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Foram seis tópicos identificados: contrato de empréstimo entre Cristiano Richard e Cruzeiro, contrato de venda do lateral Mayke, contrato para aquisição do volante Bruno Silva, contrato de renovação do goleiro Fábio, pagamento retroativo para ex-dirigente e utilização de verbas do clube para pagar serviços pessoais de advocacia.