Com 21 medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Brasil tem seu melhor resultado

O Bolsa Atleta, programa de patrocínio direto do Governo Federal, está conectado a 90,4% dos pódios do Brasil.

Fonte: CenarioMT

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Vinte e uma medalhas, o maior número já obtido pelo Brasil em Jogos Olímpicos. Foi esse o saldo dos jogos de Tóquio que encerraram nesse domingo (8). E outra marca histórica foi alcançada, a conquista de três medalhas de ouro em um único dia. O feito ocorreu no sábado (7), com as vitórias no boxe, canoagem e futebol masculino.

Das 21 medalhas desta edição dos Jogos Olímpicos, sete foram de ouro, seis de prata e oito de bronze, o que garantiu ao Brasil a 12ª colocação no ranking de países. Elas foram alcançadas em 13 modalidades. Nos jogos anteriores, no Rio 2016, o Brasil somou 19 medalhas e ficou na 13ª colocação.

O Bolsa Atleta, programa de patrocínio direto do Governo Federal, está conectado a 90,4% dos pódios do Brasil. Isso porque, das 21 medalhas conquistadas no Japão, 19 têm participação de atletas com apoio do programa que é considerado um dos maiores do mundo de patrocínio individual. Foram seis ouros, cinco pratas e oito bronzes com a presença de atletas contemplados pelo programa.

Um dos que recebem o incentivo do Governo é o medalhista de ouro na canoagem de velocidade C1 1000m, Isaquias Queiroz, que recebe o Bolsa Pódio. Ele resumiu o sentimento de muitos atletas que subiram ao pódio nos Jogos de Tóquio. “Pra mim, tudo que fiz na minha vida hoje valeu a pena”, disse.

Isaquias Queiroz falou sobre o início da carreira e do apoio que teve do Bolsa Atleta. “Foi a primeira entidade a me ajudar financeiramente. Isso foi o ponto chave para eu não abandonar a canoagem. Quando comecei a ganhar o Bolsa Atleta eu tinha 15 anos, estava morando no Rio de Janeiro sem nenhum centavo no bolso e isso me deu tempo para eu continuar. Pude estabilizar um pouco mais a minha parte financeira e dar tranquilidade para o treinamento”, relatou.

Bolsa Atleta nas Olimpíadas

Do grupo dos 302 atletas convocados para os Jogos Olímpicos, 242, o que corresponde a 80%, fazem parte do programa. Nos Jogos de Tóquio, o programa só não esteve presente em dois pódios brasileiros, um deles foi o ouro do bicampeonato olímpico do futebol, porque o masculino não integra o Bolsa Atleta. E a prata do skate street de Rayssa Leal já que a jovem tem 13 anos e a idade mínima para fazer parte do programa é 14 anos.

Um levantamento do Ministério da Cidadania aponta que, no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, o grupo de medalhistas das modalidades individuais e em dupla, responsável por 19 das 21 medalhas, recebeu R$ 8,3 milhões de forma direta, via Bolsa Atleta. Quando se leva em conta a relação histórica dos esportistas com o programa, desde 2005, o montante investido sobe para R$ 12,7 milhões.

Medalhas do boxe

O boxe teve a melhor campanha de sua história em Tóquio, com um ouro, uma prata e um bronze. Herbert Conceição, pugilista da categoria até 75 quilos, foi um dos atletas que obteve o ouro no sábado. Ele venceu a luta por nocaute no terceiro assalto e conta que, no momento da conquista, a sensação foi de que valeu a pena todo o esforço.

O boxeador citou o apoio do Bolsa Atleta na sua formação. Ele tem o Bolsa Atleta Internacional e integra o Programa de Alto Rendimento da Marinha do Brasil.

“Com 15 anos comecei a receber o Bolsa Atleta e era a minha única e principal fonte de renda. Era quando eu conseguia somente focar nos treinamentos. Eu não precisava trabalhar com outras coisas simultaneamente aos meus treinos. Senão, o meu rendimento não seria o mesmo. Então, eu sou muito grato ao programa Bolsa Atleta. O Bolsa Atleta apoia, mata a fome e alimenta o sonho de muitos jovens brasileiros e isso é muito importante”, disse.

Esportes estreantes

O surfe e o skate tiveram uma estreia de peso nas Olimpíadas garantindo quatro medalhas para o Brasil. Do surfe veio o ouro com Ítalo Ferreira que recebe o Bolsa Pódio. E o skate somou três pratas. Duas delas de esportistas do Bolsa Pódio, Pedro Barros na categoria skate park e Kelvin Hoefler, no skate street. A outra medalhista é Rayssa Leal.

Fazendo história

A passagem do Brasil pelos Jogos de Tóquio teve feitos inéditos. A ginasta Rebeca Andrade, que tem o Bolsa Pódio, conquistou as duas primeiras medalhas da história na ginástica artística feminina na competição. Um ouro e uma prata.

Um pódio sem precedentes foi o da dupla do tênis feminino Laura Pigossi e Luisa Stefani que obtiveram medalha de bronze. Luisa Stefani recebe Bolsa Atleta Internacional do Governo Federal.

Ainda teve a prova de 400 metros com barreiras do atletismo em que Alison dos Santos conquistou a medalha de bronze em uma prova disputadíssima que foi a mais rápida da história da categoria. Ele recebe o Bolsa Pódio e faz parte do Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas, na Marinha do Brasil.

Cerimônia de encerramento

Na cerimônia de encerramento, no domingo (8), a porta-bandeira do Brasil, foi a ginasta Rebeca Andrade, que conquistou o ouro no salto e a prata no individual geral. Rebeca é a primeira atleta mulher brasileira a garantir duas medalhas em uma mesma edição de jogos. Ela tem o apoio do Bolsa Pódio.

No encerramento, houve a passagem do bastão para a próxima sede que será Paris, em 2024. Em Paris, atletas celebraram ao lado da Torre Eiffel.

No dia 24 de agosto ocorrerá a abertura dos Jogos Paralímpicos de Tóquio que vão até o dia 5 de setembro.

Investimento no esporte

O Ministério da Cidadania assegurou para o Bolsa Atleta, no ano de 2021, um orçamento de R$ 145,2 milhões, o maior desde 2014. O valor é superior, inclusive, ao de 2016, ano dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio, que foi de R$ 143 milhões.

O Governo Federal é o maior patrocinador do esporte olímpico e paralímpico no país, com um investimento anual superior a R$ 750 milhões. Nesse valor estão abrigados o tripé que hoje representa a maior fonte de investimento do esporte brasileiro, formado pela Lei das Loterias, Bolsa Atleta e Lei de Incentivo ao Esporte

Programa de Atletas de Alto Rendimento

Os atletas militares representam 30% da delegação brasileira em Tóquio, com mais de 90 esportistas. Segundo o Ministério da Defesa, o programa é integrado por 551 militares atletas em 30 modalidades.

Ao fazer parte do programa, os atletas militares têm os benefícios da carreira que são salário, férias, assistência médica e odontológica, nutricionista e fisioterapeuta. Eles ainda têm à disposição instalações esportivas em organizações militares das Forças Armadas para treinar.

Medalhistas

O Brasil recebeu 21 medalhas, sendo sete de ouro, seis de prata e oito de bronze. Confira os vencedores.

Medalha de Ouro

  • Ana Marcela Cunha – maratona aquática. Recebe o Bolsa Pódio e é integrante do programa de Atletas de Alto Rendimento das Forças Armadas, pela Marinha.
  • Isaquias Queiroz – canoagem de velocidade C1 1000m. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal.
  • Ítalo Ferreira – surfe. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal.
  • Herbert Conceição – boxe na categoria peso médio. Recebe o Bolsa Atleta Internacional. É atleta do Programa de Alto Rendimento da Marinha do Brasil.
  • Martine Grael e Kahena Kunze – vela. Recebem o Bolsa Pódio do Governo Federal. Kahena Kunze faz parte do Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas, na Marinha do Brasil.
  • Rebeca Andrade – medalha no salto da ginástica artística. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal.
  • Time de Futebol Masculino

Medalha de Prata

  • Kelvin Hoefler – skate street. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal.
  • Pedro Barros – skate park. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal.
  • Rayssa Leal – skate street. Com 13 anos, não integra o programa. A idade mínima para fazer parte do Bolsa Atleta é 14 anos.
  • Rebeca Andrade – medalha na ginástica artística feminina individual. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal.
  • Beatriz Ferreira – boxe categoria peso leve. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal. Também integra o quadro de atletas do Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas, na Marinha do Brasil.
  • Time de Vôlei Feminino

Medalha de Bronze

  • Abner Teixeira – boxe, peso pesado. Recebe o Bolsa Atleta na categoria Internacional e participa do Programa de Atletas de Alto Rendimento das Forças Armadas, no Exército Brasileiro.
  • Alison dos Santos – atletismo: 400 metros com barreiras. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal. Faz parte do Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas, na Marinha do Brasil.
  • Bruno Fratus – natação, nos 50 metros livre. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal.
  • Daniel Cargnin – judô, na categoria peso meio-leve, até 66 kg. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal. Faz parte do Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas, na Marinha do Brasil.
  • Fernando Scheffer – natação, nos 200 metros livre. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal. Faz parte do Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas, no Exército Brasileiro.
  • Luisa Stefani e Laura Pigossi – dupla de tênis. Luisa Stefani recebe Bolsa Atleta Internacional do Governo Federal.
  • Mayra Aguiar – judô, na categoria meio-pesado, de até 78 kg. Recebe o Bolsa Pódio do Governo Federal.
  • Thiago Braz – salto com vara. Recebe o Bolsa Atleta na categoria Pódio.

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Gustavo Praiado é jornalista com foco em notícias de agricultura. Com uma sólida formação acadêmica e vasta experiência no setor, Gustavo se destaca na cobertura de temas relacionados ao agronegócio, desde insumos até tendências e desafios do setor. Atualmente, ele contribui com análises e reportagens detalhadas sobre o mercado agrícola, oferecendo informações relevantes para produtores, investidores e demais profissionais da área.