O Brasil está novamente atrás da Alemanha no confronto pela fase classificatória do Grupo Mundial da Copa Davis, principal torneio por equipes no tênis masculino. Neste sábado (5), no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, o mineiro Bruno Soares e o paulista Felipe Meligeni foram superados pela parceria entre Kevin Krawietz e Tim Pütz por dois sets a um, com parciais de 4/6, 7/6 (7/4) e 6/4, em duas horas e 22 minutos de jogo.
Os alemães abriram dois a um no duelo, disputado em uma melhor de cinco partidas (quatro de simples e uma de duplas) e estão a um triunfo da fase de grupos da competição, em setembro, que reunirá 16 países, com oito pré-classificados. Os brasileiros terão de vencer os próximos dois jogos para virar o confronto. A última vez que o Brasil avançou no Grupo Mundial foi em 2001, com Gustavo Kuerten e Fernando Meligeni (tio de Felipe) na equipe.
O próximo jogo do confronto reúne os atletas mais bem colocados de Brasil e Alemanha no ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP, sigla em inglês): o cearense Thiago Monteiro (114º) e Alexander Zverev (terceiro). Na sequência, o paranaense Thiago Wild (216º) encara Jan-Lennard Struff (60º) na partida que finaliza o duelo.
A escalação de Felipe (92º do mundo nas duplas) para o confronto pelo capitão Jaime Oncins surpreendeu, pois, normalmente, o parceiro de Bruno (19º) na Davis é Marcelo Melo (43º). O paulista, no entanto, vive melhor momento, conquistando recentemente o título do ATP 250 de Santiago (Chile) junto do gaúcho Rafael Matos (440º). O favoritismo, de qualquer forma, estava do lado alemão, já que Pütz é o 12º do ranking e Krawietz é o 14º.
O primeiro set começou equilibrado, com Felipe soltando o braço e ditando o ritmo da parceria brasileira. No nono game, uma devolução de Bruno, em cima da linha, quebrou o serviço alemão. A dupla europeia tentou reagir na sequência, liderada por Krawietz, mas não aproveitou os dois break points que teve. Melhor para anfitriões, que fecharam a parcial em 6/4, após 43 minutos.
Os brasileiros tentaram manter o ritmo agressivo no segundo set, mas cometeram mais erros não forçados que no primeiro. No terceiro game, os alemães novamente tiveram break points a favor, mas falharam na recepção dos saques de Bruno, levantando a torcida. Foi a única chance real de quebra de saque na parcial, que teve 57 minutos e foi decidida no tie-break. Krawietz e Pütz conseguiram variar melhor os golpes e venceram por 7/4, empatando a partida.
O terceiro set começou aberto, com as duplas oscilando e tendo que salvar break points. No quinto game, uma bola na rede de Felipe culminou na primeira quebra da parcial. Os brasileiros sentiram a maior consistência dos alemães e demoraram a reagir. Depois de 46 minutos, um belo voleio de Pütz definiu a parcial em 6/4 a favor dos europeus.
Edição: Claudia Felczak