A seleção brasileira feminina de futebol volta a campo neste sábado (26) para o primeiro compromisso após a conquista da prata na Olimpíada de Paris. A partir das 18h30 (horário de Brasília), o Brasil encara a Colômbia, segunda melhor equipe da América do Sul, no Estádio Kleber Andrade, em Cariacica (ES).
O embate sul-americano abre o ciclo de preparação da seleção para a primeira Copa do Mundo Feminina no Brasil. Renovação é o lema atual do técnico Arthur Elias, mas sem perder de vista a experiência das jogadoras vice-campeãs olímpicas. Das 26 convocadas, 12 participaram da histórica campanha em Paris.
“Em relação à convocação, um grande objetivo é a gente abrir novamente a seleção para avaliação de novas jogadoras, não só de idade como de ambiente de seleção. Jogadoras que vêm merecendo pelo momento presente e também olhando para frente. A gente tem uma Copa do Mundo em casa, uma responsabilidade muito grande, de um objetivo muito ambicioso. Então quero conhecer de perto, quero conseguir aproximar as jogadoras da seleção brasileira, aumentar bastante essa nossa unidade com tantas jogadoras de talento que temos no país”, afirmou o treinador em entrevista coletiva nesta sexta-feira (25).
Medalha de prata em Paris, a volante Angelina revelou o ambiente entre as convocadas durante os treinos e concentração na cidade de Serra (ES). Atualmente no Orlando Pride (Estados Unidos), a volante se juntou ao grupo na última quarta (23)
“Eu sinto que as meninas que estão chegando agora na convocação têm se sentido tão confortáveis dentro de campo, talvez pelo momento que a gente teve nas Olimpíadas. Teve muita confiança para quem estava lá, mas também para quem está chegando agora”, pontuou Angelina durante a coletiva.
Realizar mais amistosos em casa, aproveitando as Datas Fifa, faz parte dos planos estratégicos de Arthur Elias para estimular um ambiente de mais respeito às mulheres durante o Mundial de 2027.
“A gente precisa equilibrar as duas coisas: jogar com seleções fortes que nos estimulem bastante e também no nosso país. Nem sempre é fácil de conciliar tudo, mas já há um planejamento para 2025 e 2026 para que a gente consiga fazer isso. Aproveitar a medalha olímpica e o crescimento em geral do futebol feminino no país para criar essa atmosfera muito favorável para nós, para a Copa. Acho que um país que investe em Copa do mundo tem que ter uma responsabilidade social ao que representa o futebol feminino, as mulheres e várias questões como a violência contra a mulher, muitas situações que eu também pretendo levantar até lá, que são importantes para a gente evoluir como um todo”, projetou o treinador.
Para o jogo deste sábado (26), Arthur Elias afirmou que manterá a espinha dorsal da seleção vice-campeã olímpica, com possíveis estreias ao longo da partida.
“A maioria das titulares em campo amanhã serão atletas que estiveram nas Olimpíadas sim. Acho importante nós mantermos as ideias com essas jogadoras que fizeram uma grande Olimpíada, e aos poucos ir incluindo [outras]. Não que a gente não vá ter estreias. Penso em substituições, haverá trocas, minutos suficientes para avaliar, não só nesse jogo como no outro”, concluiu o treinador, referindo ao segundo amistoso contra as colombiana, na próxima terça (29), às 19h.