Os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro passaram a ser oficialmente reconhecidos como Patrimônio Cultural do estado. A medida foi estabelecida por decreto do governador Cláudio Castro e publicada no Diário Oficial, garantindo status legal ao espetáculo que marca a identidade cultural fluminense.
O reconhecimento fortalece o carnaval como política pública de valorização cultural e desenvolvimento econômico, além de ampliar a projeção internacional do Rio de Janeiro. Paralelamente, tramita no âmbito federal o pedido para que os desfiles da Marquês de Sapucaí também recebam o título de Patrimônio Cultural do Brasil.
O requerimento foi protocolado no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no dia 29 de agosto, iniciando um processo que envolve análise técnica, avaliação por câmara setorial e decisão do conselho consultivo. Segundo o instituto, o procedimento segue rito próprio e é independente das iniciativas estaduais.
Em nota, o Iphan destacou que o pedido dialoga com a relevância histórica e cultural do carnaval carioca, já reconhecida em outros registros. O Sambódromo da Marquês de Sapucaí é tombado em nível federal desde 2021, e as matrizes do samba no Rio de Janeiro são patrimônio cultural do Brasil desde 2007.
Sambistas veteranos avaliaram positivamente o decreto estadual. Para intérpretes e artistas do carnaval, a medida simboliza respeito e reconhecimento a uma manifestação que, no passado, enfrentou preconceito e marginalização.
O decreto garante que os desfiles integrem o conjunto de bens culturais protegidos pelo estado, oferecendo respaldo institucional às escolas de samba, profissionais e à cadeia produtiva envolvida. O enquadramento permite ampliar ações de fomento, preservação da memória e apoio contínuo às agremiações.
Do ponto de vista econômico, o carnaval de 2025 recebeu investimento público de R$ 90 milhões, com impacto estimado em R$ 6,5 bilhões na economia fluminense. O período gerou cerca de 70 mil empregos temporários e impulsionou a criação de mais de 2,1 mil novos empreendimentos ligados direta ou indiretamente às festividades.
Com o reconhecimento, o governo estadual amplia a base legal para investimentos, parcerias institucionais e políticas de valorização profissional, consolidando o carnaval como ativo estratégico cultural e econômico do Rio de Janeiro.






















