Vendas reais da indústria paulista recuam em março, aponta Fiesp

No ano, é a segunda queda consecutiva do indicador de vendas reais. Em fevereiro, a variável apresentou retração de 1,5% e está 5,3% inferior ao patamar pré-pandemia (fevereiro/2020).

Fonte: Agência Brasil - São Paulo

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As vendas reais da indústria de transformação paulista recuaram 1,2% no mês de março na comparação com fevereiro, conforme aponta o Levantamento de Conjuntura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em conjunto com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).

No ano, é a segunda queda consecutiva do indicador de vendas reais. Em fevereiro, a variável apresentou retração de 1,5% e está 5,3% inferior ao patamar pré-pandemia (fevereiro/2020).

As horas trabalhadas na produção (-0,3%), informação antecipada pelo componente de produção da Sondagem Industrial divulgada pela Fiesp, e o Nuci – Nível de Utilização da Capacidade Instalada (-0,1 p.p.), também apresentaram resultados negativos no mês. A única variável acompanhada na pesquisa com crescimento no mês foi salários reais médios com variação de 0,3% ante o mês anterior. Todos os dados estão com tratamento sazonal.

Apesar das contrações no mês de março, o encerramento do 1º trimestre de 2022 na comparação com o 4º trimestre de 2021 foi positivo em três das quatro variáveis acompanhadas na pesquisa. Destaque para as vendas reais com crescimento de 5% no trimestre, primeiro avanço após quatro trimestres consecutivos de retração (1º trimestre/2021: -2,2%; 2º trimestre/2021: -3,2%; 3º trimestre/2021: -6,4% e 4º trimestre/2021: -5%).

As outras duas variáveis com avanço nos três primeiros meses de 2022 foram salários reais médios (1,7%) e Nuci (0,2 p.p.). Já as horas trabalhadas na produção comprimiram 0,6% no período frente ao trimestre imediatamente anterior.

Sensor

O Sensor do mês de abril encerrou em 52,2 pontos, na série com ajuste sazonal, resultado superior ao mês de março, quando marcou 48,3 pontos. Leituras acima de 50 pontos indicam expansão da atividade industrial paulista no mês.

No mês, o indicador de mercado (setor de atuação) foi a principal influência no resultado do indicador geral. Avançou 6,7 pontos em relação ao último resultado divulgado, de 47,8 pontos para 54,6 pontos entre março e abril, dados com ajuste sazonal. Valores acima dos 50 pontos indicam melhora das condições de mercado.

O componente de vendas cresceu 2,6 pontos em relação ao mês de março encerrando em 53,2 pontos na leitura atual, dado com tratamento sazonal. Por permanecer acima dos 50 pontos há indícios de alta das vendas no mês.

O componente de estoque das indústrias paulistas estão acima do planejado, ao marcar 47,8 pontos ante 46,3 pontos do mês de março, dados com ajuste sazonal. Leituras superiores a 50 pontos indicam estoque abaixo do desejável, ao passo que inferiores a 50 pontos indicam sobrestoque.

O item emprego apresentou alta de 1,1 ponto atingindo 49,5 pontos, contra 48,4 pontos na leitura anterior, dados com ajuste sazonal. Apesar da alta, o índice permanece abaixo de 50 pontos.

Por fim, o indicador de investimentos teve alta de 4,4 pontos, ao passar de 48,7 pontos em março para 53,1 pontos no mês de abril, dado dessazonalizado. Por estar acima dos 50 pontos, há a expectativa de maiores investimentos por parte das indústrias paulistas no mês.

Gustavo Praiado é jornalista com foco em notícias de agricultura. Com uma sólida formação acadêmica e vasta experiência no setor, Gustavo se destaca na cobertura de temas relacionados ao agronegócio, desde insumos até tendências e desafios do setor. Atualmente, ele contribui com análises e reportagens detalhadas sobre o mercado agrícola, oferecendo informações relevantes para produtores, investidores e demais profissionais da área.