Qual o Impacto da alta do dólar no seu cotidiano?

Fonte: Marco Scarabelot

qual o impacto da alta do dolar no seu cotidiano 1238567

Em que pese nossa moeda oficial ser o real, sofremos um impacto gigante de outra moeda: o dólar. 

Ora, mas o que o dólar afeta o dia a dia dos Brasileiros, sendo que não tem nenhum no meu bolso?

Antes de adentrarmos, precisamos entender o motivo que levou o dólar a ser tornar referência no mundo. Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os Estados Unidos se tornou o vetor de reconstrução da Europa — até então devastada pelo conflito —, ofertando suprimentos, dinheiro e todo o necessário para reerguer o continente Europeu. Isso fez com que o parque fabril Norte Americano se expandisse em uma velocidade jamais vista, tornando o principal País na Ordem Mundial. Não demorou muito para que sua moeda estivesse em praticamente todas as negociações, servindo de referência para as trocas e fazendo parte das reservas financeiras de praticamente todos os países do Mundo. 

Agora que já entendemos como o dólar se tornou tão relevante, e como isso não mudará tão cedo (por conta das reservas dos países), retornamos a pergunta que fiz no início deste texto. Como o dólar afeta meu bolso?

A explicação é simples, a alta do dólar impacta diretamente nossas vidas porque inúmeros produtos que consumimos não são fabricados completamente no Brasil, ou seja, possuem relação direta ou indireta com o Exterior — Exterior esse que utiliza o dólar como referência desde 1944, lembra? —. 

Por isso utilizamos o dólar também, caso contrário não conseguiríamos comprar nada que não é produzido no Brasil, o que acarretaria a falta de vários produtos que você utiliza no dia a dia, desde alimentos na prateleira do mercado, até a Netflix da sexta-feira à noite.

Alguns produtos possuem relação mais direta com o dólar e sentem diretamente o peso de sua valorização ou desvalorização. Podemos citar os aparelhos eletrônicos (televisores, celulares etc), combustíveis, serviços de assinatura, etc. Esses são os produtos/serviços que são confeccionados quase que por completo em algum lugar fora do nosso País. 

Já outros possuem relação indireta, como é o caso dos alimentos. A maioria dos insumos (fertilizantes, defensivos agrícolas etc.) possuem sua origem fora do Brasil, ou seja, são negociados em dólar. Agora pense no exemplo: Um produtor de tomate tem em seu custo a média de 50% de gastos com defensivos agrícolas e fertilizantes, que são importados. Por algum motivo o dólar sobe, logo o insumo que o produtor precisa também subirá de preço. O produtor por sua vez repassará o valor ao consumidor final, que é você na fila do mercado. Outro exemplo é o trigo, que segue a mesma linha, a alta do dólar lá nos Estados Unidos (que parece tão longe geograficamente), afetará o preço do seu pãozinho no café da manhã. 

Enfim, quase que a totalidade dos produtos que você utiliza no exato momento que lê esse artigo, possuem algum componente negociado em dólar. 

Ou seja, por mais que você não saiba, o dólar está presente na sua rotina diária, mesmo não estando diretamente na sua carteira. Por isso a importância de entendermos como funciona esse mercado e como ele impacta nossas vidas. 

Já pensou como seria sua vida sem o dólar?

Artigo escrito por Marco Scarabelot, Assessor de Investimentos nº 28.182.

Contato: (65) 99688-2464 — marco@cultivarinvestimentos.com

CenárioMT - Publicamos notícias diariamente no portal! Notícias em primeira-mão e informações de bastidores sobre o que acontece em Mato Grosso.