O preço médio do óleo diesel em Mato Grosso chegou a R$ 7,192, atingindo o maior valor nominal da série histórica, iniciada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 2004.
O valor inédito também é registrado no País, cuja média ficou em R$ 6,943, também uma marca histórica.
As médias compreendem o período de 15 a 21 de maio de 2022, e não consideram os valores do óleo diesel S10, que foi incluído nos levantamentos da ANP somente a partir de 2013.
O valor de Mato Grosso é 51% maior em comparação ao fechamento de maio do ano passado, quando o litro havia registrado R$ 4,754.
O preço médio atual é histórico.
O maior valor encontrado no Estado, entre os 59 postos pesquisados pela ANP no período de 15 a 21 deste mês, foi de R$ 7,900, em Alta Floresta (803 km ao Norte de Cuiabá).
O diesel mais caro foi encontrado no Acre, a R$ 8,30.
Já o mais barato foi encontrado no Paraná, a R$ 5,490.
Mato Grosso registrou o nono maior valor do período, conforme a ANP.
O Ministério da Economia apresentou, na última quinta-feira (19), ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), uma proposta para alterar a regulamentação do ICMS único do diesel, criado por lei em março deste ano e normatizado pelo colegiado, mas suspenso, na semana passada, por liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça.
Pela proposta, o Governo Federal quer que, enquanto não ocorrer a mudança, a base de cálculo da alíquota atual seja a média móvel dos preços médios praticados ao consumidor final nos 60 meses (cinco anos) anteriores à sua fixação.
Antes da suspensão determinada pelo Supremo, a regra que estava valendo fixou um valor único do ICMS a ser cobrado no preço final do combustível, como manda a lei, mas permitindo descontos, o que na prática possibilitou a cada Estado manter a mesma alíquota que aplicava anteriormente.
O valor estabelecido pelo colegiado de secretários estaduais foi de R$ 1,006 por litro de óleo diesel S10, o mais usado no País.
ESCASSEZ – Executivos da Petrobras têm alertado o Governo que faltará diesel no País, se o Governo decidir segurar o preço do combustível.
O alerta tem sido feito desde o início do ano e foi reforçado nos últimos dias, depois que o presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu fazer novas mudanças na estatal.
O aumento mais recente, de quase 9%, foi concedido no início de maio para garantir que os importadores pudessem seguir importando o produto sem risco de prejuízo no país.
Bolsonaro não gostou do aumento e decidiu demitir tanto o ministro de Minas e Energia como o presidente da petroleira, e cobrar mudanças na sistemática de reajuste de preços.