Pedaço de vaca é leiloado por R$ 7 milhões; entenda como é possível vender apenas parte do animal

Fonte: G1

A espécie é um ruminante, ou seja, regurgita o alimento para a boca após sua ingestão, onde é novamente mastigado e deglutido.
Foto: Divulgação Casa Branca Agropastoril

Você gastaria milhões em apenas uma parte de um animal? É o que acontece nos leilões de gado, os produtores colocam à venda apenas uma porcentagem da vaca.

Apontada como a vaca mais valiosa do mundo pela HRO Experience – Embryo, a Viatina-19 FIV Mara Móveis bateu o seu próprio recorde na última sexta-feira (19), quando 33% dela foi leiloada por R$ 6,99 milhões, em Arandu (SP). A projeção do seu valor integral é de R$ 20,9 milhões.

Em 2022, 50% do animal foi vendido por R$ 3,96 milhões.

 Qual a vantagem? Como, no caso dos leilões, são animais de genética muito boa, os produtores estão interessados nos filhos que a vaca pode gerar, portanto, seus embriões, explica a pesquisadora Patrícia Tholon, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Pecuária Sudeste.

“Cada filho acaba sendo um potencial reprodutor e que carrega toda a parte genética da mãe. Então, o que que acontece? Como os pecuaristas vão ganhar muito dinheiro com a venda dos filhos dos embriões que eles comercializam, essa vaca tem um valor muito alto”, afirma.

 Por que gera lucro? Na natureza, uma vaca tem cerca de um bezerro por ano. Mas, quando é uma criada especialmente para a reprodução, ela recebe estímulos para ovular mais e seus embriões são implantados em outras fêmeas, como uma barriga de aluguel, permitindo que ela tenha vários filhos em um mesmo ano e, com isso, mais animais são comercializados.

 O que os produtores buscam? Para realizar a compra, os criadores avaliam diversas características do animal, como as de reprodução, por exemplo, idade do primeiro parto; estrutura corporal, caso dos músculos e da carcaça; quais os pesos de nascimento e desmama, entre outros.

 Quem cuida da vaca? A decisão de qual dos donos vai ficar com o animal e vai bancar os seus custos é acordado no contrato de venda. Não existe uma regra de quem será o responsável ou se será tudo dividido igualmente.

Jornalista apaixonada por astrologia, bem-estar animal e gastronomia. Atualmente, atuo como redatora no portal CenárioMT, onde me dedico a informar sobre os principais acontecimentos de Mato Grosso. Tenho experiência em rádio e sou entusiasta por tudo que envolve comunicação e cultura.