Operação Rabbit da PF apura esquema de informação privilegiada no mercado financeiro

Justiça determinou sequestro de bens e valores de mais de R$ 5 milhões de grupo criminoso que lucra com manipulação de dados sigilosos no mercado de capitais

Fonte: AgênciaGov

Operação Rabbit da PF apura esquema de informação privilegiada no mercado financeiro - Polícia Federal
Operação Rabbit da PF apura esquema de informação privilegiada no mercado financeiro - Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (7/8) a Operação Rabbit com o objetivo de combater a prática ilegal de Front Running no mercado financeiro. O crime ocorre quando um investidor utiliza informação exclusiva e sigilosa para obter vantagens financeiras. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro.

A Justiça também determinou o sequestro de bens e valores de mais de R$ 5 milhões, quantia arrecadada pelo grupo investigado a partir da prática criminosa. Além disso, um funcionário de uma Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) foi afastado por envolvimento com o esquema. Todas as ordens judiciais citadas foram expedidas pela 3ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro.

As investigações foram iniciadas com base em uma denúncia de que os investigados estariam utilizando informações exclusivas, internas e sigilosas para se antecipar aos movimentos do mercado de ações, com a finalidade de obter vantagem financeira.

A prática configura o crime de Front Running, quando um operador financeiro antecipa a um investidor que irá realizar uma grande operação, capaz de influenciar no preço de mercado de um ativo. Desse modo, essa obtenção de lucro configura um conflito de interesses por meio do uso de informação privilegiada.

Foi constatado que o grupo criminoso possuía taxa de êxito em operações de day trade (negociação, com os mesmos papéis, iniciada e encerrada no mesmo dia) superior a 94%, a partir da utilização das informações privilegiadas. As investigações contaram com a colaboração da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Com o aprofundamento das investigações, foi possível descobrir que as informações privilegiadas advinham do funcionário de uma Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM), instituição financeira que tem como objetivo intermediar a compra e venda de títulos e valores mobiliários. O homem em questão repassava as informações para pessoas conhecidas dele, com o intuito de que estas se antecipassem aos movimentos do mercado.

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