O governo pretende contratar 3 milhões de unidades do Minha Casa, Minha Vida até o fim de 2026, segundo o ministro das Cidades, Jader Filho. Durante encontro com jornalistas, ele afirmou que os recursos para sustentar o programa estão garantidos.
O ministério projeta encerrar 2025 com aproximadamente 2 milhões de moradias financiadas desde o início da atual gestão. A contratação de mais 1 milhão de unidades no próximo ano, afirmou o ministro, será impulsionada pela maior disponibilidade de crédito e pelo avanço da construção civil.
“Temos hoje a segurança para dar ao mercado de que não haverá falta de recurso no Minha Casa, Minha Vida. As pessoas podem contratar, as empresas podem acreditar no programa”, disse.
Para 2026, estão previstos R$ 144,5 bilhões do FGTS, sendo R$ 125 bilhões dedicados à habitação popular. Também entram na conta R$ 5,5 bilhões do Orçamento para subsídios da Faixa 1 urbana e R$ 17 bilhões provenientes do fundo da Caixa Econômica Federal.
Atualização das faixas de renda
As faixas de renda do programa serão revisadas no início de 2026. A Faixa 1, hoje limitada a famílias com renda de até R$ 2.850, deverá passar a contemplar quem recebe cerca de dois salários mínimos. A atualização busca acompanhar a evolução do mercado de trabalho e ampliar o alcance a famílias que não conseguem acessar crédito convencional.
Desempenho e impacto econômico
O programa mantém ritmo acelerado. Em novembro, foram 80 mil novos financiamentos, acima da média de 60 mil registrada até outubro. Um terço das contratações está concentrado na Faixa 1.
“O PIB da construção civil está puxando a economia brasileira, e quem está puxando a construção civil é o Minha Casa, Minha Vida”, afirmou o ministro.
O governo espera manter média de 80 mil contratações mensais até 2026, estimulando geração de empregos e ampliando a oferta habitacional. A estratégia inclui aumentar as opções para a classe média, com meta de chegar a 10 mil contratações anuais, acima das atuais 6 mil.
Entregas em ano eleitoral
Mesmo com as restrições do calendário eleitoral, o ministério afirma que o cronograma será mantido. A previsão é que 60% das unidades previstas para 2026 sejam concluídas no primeiro semestre. O próximo ano deve concentrar cerca de 40 mil entregas, enquanto 2 mil unidades devem ser concluídas até o fim de 2025 em diversas regiões do país.
Jader confirmou que deixará o cargo até março de 2026 para disputar vaga de deputado federal, mas afirmou que a equipe está pronta para garantir continuidade ao programa durante o período eleitoral. O prazo médio entre contratação e conclusão das obras permanece entre 18 e 22 meses.





















