Inflação recua e mercado ajusta previsão para 4,43% no ano

Atualização do boletim Focus mostra novo corte na expectativa para o IPCA, enquanto projeções de juros seguem elevadas.

Fonte: CenárioMT

Inflação recua e mercado ajusta previsão para 4,43% no ano
Inflação recua e mercado ajusta previsão para 4,43% no ano - Foto: José Cruz/Agência Brasil

A projeção do mercado financeiro para o IPCA caiu de 4,45% para 4,43% neste ano, segundo atualização divulgada no boletim Focus. O relatório semanal reúne estimativas de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

As previsões para os próximos anos também foram ajustadas: 4,17% em 2026, além de 3,8% e 3,5% para 2027 e 2028, respectivamente. A revisão ocorre após a divulgação do resultado de outubro, que registrou a menor inflação para o mês em quase três décadas.

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O índice voltou ao intervalo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que definiu objetivo de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

A queda na conta de energia impulsionou o recuo do indicador, fazendo o IPCA de outubro fechar em 0,09%, menor marca para o período desde 1998, segundo o IBGE. O acumulado em 12 meses está em 4,68%, abaixo de 5% pela primeira vez em oito meses, mas ainda acima do teto da meta.

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Juros básicos

A taxa Selic, principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação, foi mantida em 15% ao ano na última reunião do Copom. A combinação de desaceleração econômica e inflação mais baixa levou à decisão, repetida pela terceira vez consecutiva. O BC, porém, sinaliza que pode voltar a subir os juros se considerar necessário.

A autoridade monetária aponta incertezas no cenário internacional e destaca que, mesmo com a recente alívio, a inflação segue acima do objetivo. Por isso, a instituição avalia que os juros elevados devem permanecer por mais tempo.

Analistas estimam que a Selic termine 2025 também em 15%. Para 2026, a expectativa é de queda para 12%, seguida de novas reduções para 10,5% em 2027 e 9,5% em 2028.

Quando a Selic sobe, o objetivo é conter a demanda e segurar os preços, já que o crédito fica mais caro e a poupança é estimulada. Por outro lado, juros altos podem limitar o crescimento econômico. Reduções, ao contrário, tendem a baratear o crédito, impulsionar a atividade e diminuir o controle sobre a inflação.

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Gustavo Praiado é jornalista com foco em notícias de agricultura. Com uma sólida formação acadêmica e vasta experiência no setor, Gustavo se destaca na cobertura de temas relacionados ao agronegócio, desde insumos até tendências e desafios do setor. Atualmente, ele contribui com análises e reportagens detalhadas sobre o mercado agrícola, oferecendo informações relevantes para produtores, investidores e demais profissionais da área.