Após o apagão da última terça-feira (15), que atingiu todas as regiões do Brasil, veio à tona o uso da energia solar. Nesse sentido, há uma estatística que poucos conhecem.
A energia solar ocupa o segundo lugar na matriz elétrica brasileira em 2023. O modal é responsável por 14,8% de toda a geração de luz no país e viu seu desempenho crescer recentemente. Em 2021, o número era de apenas 1,9%. Os dados, que foram atualizados em julho, são da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
Em primeiro lugar, permanecem as hidrelétricas, com 50,8% da produção. A energia vinda a partir da água é tradicional no Brasil. Apesar de ser menos poluente que outras fontes não-renováveis, as hidrelétricas ainda são alvo dos ambientalistas.
Isso porque, por mais que não emitam gases poluentes, elas acabam muitas vezes prejudicando ecossistemas dos locais onde são construídas. As instalações de Belo Monte, no Pará, por exemplo, foram uma das mais criticadas.
No entanto, isso não ocorre com a energia solar. Além de não prejudicar a atmosfera, tem baixa necessidade de manutenção e baixo custo de sistema, considerando os 25 anos de vida útil.
Vale destacar também que painéis de energia solar também acabam valorizando o valor dos imóveis em que estão instalados. Inclusive, os materiais utilizados nas placas podem ser reciclados anteriormente.
Segundo a associação, o setor já gerou mais de 960,5 mil empregos em território nacional desde 2012. Além disso, a geração de energia solar já evitou a emissão de mais de 40,6 toneladas de carbono.
Por outro lado, as placas fotovoltaicas têm alto preço de aquisição inicial e baixa capacidade de armazenamento. Por exemplo, é comum que casas com chuveiros aquecidos por energia solar sofram com duração reduzida de banhos quentes.
Até 2050, a Bloomberg New Energy Finance projeta que a energia solar seja a mais utilizada na matriz elétrica brasileira. A participação seria de 32,2%.