O desemprego no Brasil ficou estável em 25 estados e no Distrito Federal no primeiro trimestre de 2022, refletindo a estabilidade da taxa média nacional, que foi de 11,1%, segundo dados apresentados nesta sexta-feira (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A única queda da desocupação no período ocorreu no Amapá (14,2%), com resultado 3,3 pontos percentuais inferior ao do quarto trimestre de 2021, segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).
A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, avalia que a queda da desocupação no Amapá ocorre com o aumento do número de pessoas ocupadas e a menor pressão das pessoas sem trabalho que buscam ocupação no estado. “Houve uma queda de 7,3% no número de pessoas na força de trabalho e um aumento de 10,4% no contingente fora da força”, explica ela.
De acordo com o estudo, todas as grandes regiões tiveram taxas de desocupação estáveis na comparação com o último trimestre do ano passado, sendo que o Nordeste (14,9%) se manteve com o maior índice ao longo de todos os trimestres analisados. Já a região Sul teve a menor taxa: 6,5%.
Com estabilidade em quase todos os estados, as maiores taxas de desocupação foram as apuradas na Bahia (17,6%), em Pernambuco (17%) e no Rio de Janeiro (14,9%). As menores, por sua vez, são verificadas em Santa Catarina (4,5%), em Mato Grosso (5,3%) e em Mato Grosso do Sul (6,5%).
O número de pessoas ocupadas no país ficou em 95,3 milhões e é composto de 67,1% de empregados, 4,3% de empregadores, 26,5% de pessoas que trabalham por conta própria e 2% de trabalhadores familiares auxiliares.
Os maiores percentuais de trabalhadores por conta própria foram registrados no Amapá (35,9%), Amazonas (35,7%), Pará (34,6%) e Rondônia (32,4%), todos estados da região Norte do país. Também foi verificado no Pará o maior percentual de trabalhadores informais (62,9%). Norte e Nordeste concentram os maiores percentuais dessas categorias profissionais.
Por outro lado, as regiões Sudeste (69,7%) e Centro-Oeste (71%) apresentaram a maior participação da categorias dos empregados. Santa Catarina (88,2%) foi o estado com o maior percentual de trabalhadores com carteira assinada no setor privado. Já no Maranhão (47,3%), menos da metade dos trabalhadores tinha a carteira assinada.