A redução da taxa de desemprego para 8% no segundo trimestre de 2023, o menor patamar para o período desde 2014, foi impulsionada pela queda da desocupação em sete estados e no Distrito Federal.
As baixas mais intensas foram apuradas nos estados do Mato Grosso (de 4,5% para 3%) e do Rio Grande do Norte (de 12,1% para 10,2%), além do Distrito Federal (de 12% para 8,7%).
São Paulo (de 8,5% para 7,8%), Ceará (de 9,6% para 8,6%), Minas Gerais (de 6,8% para 5,8%), Maranhão (de 9,9% para 8,8%) e Pará (de 9,8% para 8,6%) também apresentaram redução do volume trabalhadores em busca por uma colocação profissional.
A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Adriana Beringuy, destaca que os dados revelados nesta terça-feira (15) evidenciam uma tendência em todas as unidades da Federação.
“A queda na taxa de desocupação nesse trimestre pode caracterizar também um padrão sazonal. Após o crescimento do primeiro trimestre, em certa medida, pela busca de trabalho por aqueles dispensados no início do ano, no segundo trimestre, essa procura tende a diminuir”, diz ela.
Mesmo com a redução da taxa de desemprego entre os meses de abril e junho, o indicador mostra que 8,6 milhões de pessoas ainda buscam por uma colocação no mercado de trabalho brasileiro.
O Nordeste (11,3%) segue com o maior percentual entre as regiões. Todos os estados nordestinos têm taxas maiores do que a média nacional. Pernambuco tem o maior índice do país, com 14,2%, seguido por Bahia (13,4%). Por outro lado, as menores taxas de desocupação foram registradas em Rondônia (2,4%), Mato Grosso (3%) e Santa Catarina (3,5%).
Dezesseis estados registraram taxas de informalidade maiores do que a média nacional (39,2%): todos são do Norte ou do Nordeste. Nesse indicador, os maiores percentuais vieram do Pará (58,7%), Maranhão (57,0%) e Amazonas (56,8%). As menores taxas, por sua vez, foram de Santa Catarina (26,6%), Distrito Federal (31,2%) e São Paulo (31,6%).