O mercado brasileiro de combustíveis registrou em outubro um crescimento expressivo no volume consumido, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O consumo combinado de diesel e gasolina apresentou alta de 7,0% no total , sendo 7,3% de aumento no diesel e 5,4% na gasolina , refletindo um aquecimento da demanda em todo o país.
Os preços do diesel e da gasolina praticados pela Petrobras permaneceram positivos em outubro, segundo o último relatório. No entanto, as cotações domésticas seguem abaixo da paridade internacional. O diesel apresenta um desconto de 6% em relação ao IPP (Índice de Paridade de Preços) , enquanto a gasolina registra um desconto de 5% , o que favorece o consumidor brasileiro, mas reduz a atratividade das.
As amostras de diesel consolidadas em outubro foram 21% menores do que no mês anterior, refletindo menor dependência do mercado externo. Nesse cenário, os importadores independentes perderam espaço, respondendo por 11% do abastecimento doméstico , uma queda significativa em relação aos 14% de setembro .
Principais distribuidoras com redução de participação
Apesar do aumento nos volumes totais de combustíveis comercializados, os grandes players do setor enfrentaram queda em suas participações de mercado. A Vibra (VBBR3), maior distribuidora do país, viu sua fatia encolher 30 pontos-base , chegando a 22,7% do mercado .
Outras gigantes também enfrentaram desafios semelhantes: a Ipiranga (UGPA3) registrou uma redução de 40 pontos-base , alcançando 17,3% , enquanto a Raízen (RAIZ4) também perdeu 40 pontos-base , fechando o mês com 16% de participação de mercado .
Perspectivas e desafios do setor
Embora o aumento no consumo de combustíveis sinalize uma recuperação econômica em setores estratégicos, a competição acirrada e o cenário de importância significativa representam desafios para as grandes distribuidoras. Com uma demanda interna aquecida e preços ainda abaixo da paridade internacional, o setor deve se preparar para lidar com uma dinâmica de mercado mais competitiva nos próximos meses, especialmente no diesel, que segue como principal combustível utilizado no transporte e na indústria brasileira.