A Sondagem Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra o bom momento do setor da construção civil em fevereiro de 2022, embora registre queda na atividade e no emprego, o que é normal para o período. Foram entrevistadas 395 empresas, sendo 143 pequeno porte, 172 médio porte e 80 de grande porte, entre 3 e 11 de março.
De acordo com a pesquisa, o desempenho da atividade de fevereiro foi o melhor para o mês nos últimos dez anos. Mesmo assim, esse índice ficou em 48,2 pontos, abaixo da linha divisória dos 50 pontos, que separa aumento de queda do nível de atividade, sinalizando queda do nível de atividade. Em fevereiro de 2012, era 49,4 pontos.
O índice do número de empregados ficou em 49,2 pontos, também abaixo do ponto que indica crescimento. Assim como o ocorrido para o nível de atividade, o valor de índice é o maior para o mês desde 2012, quando registrou 50,8 pontos. Além disso, o índice de intenção de investimento da indústria da construção subiu 1 ponto, para 44,6 pontos. O valor registrado é o maior desde 2014 para o mês.
O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica que a redução da atividade e das contratações na comparação com janeiro fazem parte do que é esperado para fevereiro, mas, ao se aproximar da linha de 50 pontos, os índices mostram uma queda menos disseminada e menos intensa. E a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) permanece em patamar historicamente alto, registrando 65% de utilização. “Esses dados nos mostram que a construção civil teve um desempenho relativamente favorável em fevereiro”, explica o economista.
Índice de Confiança do Empresário (ICEI) mostra otimismo e confiança do setor
O Índice de Confiança do Empresário (ICEI) da indústria de construção caiu 1,3 ponto, para 55,3 pontos. Por estar acima da linha divisória de 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança, o índice indica que os empresários da construção estão confiantes.
O índice de Condições Atuais sinaliza piora da situação corrente para março, tanto avaliando a empresa quanto a economia brasileira. As expectativas seguem otimistas considerando todos os índices analisados, apesar do recuo registrado em março em relação a fevereiro.
O índice de expectativa do empresário em relação ao nível de atividade caiu 2,2 pontos, para 56,3 pontos, enquanto o índice de expectativa de compra de insumos e matérias-primas teve queda em 1 ponto, para 55,9 pontos. O indicador de novos empreendimentos e serviços recou 1,8 ponto, para 54,8 pontos. O índice de expectativa do número de empregados registrou queda de 0,9 ponto, para 55 pontos, após cinco meses consecutivos de expansão.