Comprar um apartamento ou uma casa é um grande passo na vida de qualquer pessoa. Para realizar esse grande sonho, muita gente recorre aos diversos tipos de financiamento oferecidos pelos bancos e instituições financeiras.
Embora sejam muito populares, os financiamentos também exigem disciplina de quem os solicita, isso porque, é necessário fazer economia, por exemplo, para ter o dinheiro da entrada do imóvel, pagar as taxas referentes à transação imobiliária e mesmo para continuar pagando as parcelas do financiamento.
Dentre tantas tarifas existentes, muita gente se preocupa mesmo com o valor da entrada do imóvel que costuma ser uma quantia mais alta. Quer saber como juntar esse dinheiro? Separamos algumas dicas de finanças importantes para você.
O que é entrada do imóvel
Se você já começou a pesquisar pelos programas de financiamento imobiliário, deve ter lido ou ouvido falar que os bancos não financiam 100% do imóvel, ou seja, não é possível emprestar todo o dinheiro para pagar o imóvel.
Geralmente, exige-se uma entrada, uma quantia que a pessoa que está pretendendo financiar deve dar, em dinheiro, para que o negócio possa se concretizar. É uma espécie de garantia de que a pessoa de fato tem condições de arcar com aquele investimento.
Valor da entrada
Os bancos costumam pedir uma entrada de 30% do valor do imóvel para efetivamente conceder o empréstimo. Essa taxa não costuma variar muito, isto é, há alguns bancos que podem negociar uma porcentagem menor, mas é bom ter em mente a quantia de 30%.
Então, se o imóvel custar R$ 90 mil, a pessoa que pretende financiar deve ter guardado, pelo menos, R$ 30 mil para dar de entrada e conseguir um bom financiamento.
Como conseguir juntar dinheiro
Juntar uma quantia tão alta não é tarefa tão simples, não é mesmo? Principalmente se levarmos em conta os dados recentes da economia brasileira. O desemprego já atinge 13 milhões de brasileiros. Além disso, e, como fator agravante, os trabalhos informais, aqueles que não têm carteira assinada, continuam crescendo.
Ou seja, as pessoas acabam topando desempenhar funções que pagam menos e que, geralmente, não oferecem direitos trabalhistas como, por exemplo, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), muito utilizado para dar a entrada no financiamento.
Então, como conseguir juntar o dinheiro?
Em primeiro lugar, é preciso poupar
Não é nenhuma novidade dizer que o custo de vida em algumas cidades brasileiras é muito alto e o salário continua abaixo da inflação, não é mesmo? Diante deste cenário, as pessoas não conseguem poupar porque o dinheiro não rende e é todo direcionado aos custos básicos de vida.
Mas a primeira dica que todo consultor financeiro dá para alguém que está planejando um financiamento imobiliário, é adquirir o hábito de poupar dinheiro. E é importante começar com um objetivo razoável, palpável.
Isto é, se a pessoa ganha um salário de R$ 3 mil e tem despesas de R$ 2.800, então, ela não vai conseguir guardar R$300 por mês, certo? A conta não fecharia. Por isso, é muito significativo que a pessoa tenha um objetivo que esteja de acordo com a renda.
Reavaliação dos gastos
A depender do imóvel que a pessoa está pleiteando, guardar apenas R$ 200, R$ 300 por mês não ajuda muito. Ou, até ajuda, mas demoraria muito tempo para alcançar o objetivo. Então, como proceder?
Os consultores e educadores financeiros recomendam que a pessoa, além de começar a guardar dinheiro, faça uma reavaliação dos gastos. Despesas básicas com comida, médicos, escola, roupas são inevitáveis e não devem ser desconsiderados.
Mas é necessário separar o joio do trigo. Se você está comprando muita roupa por impulso e não por necessidade, eis aí um gasto que não só pode como deve ser anulado. Se você está pagando a conta para todos os amigos quando vai ao encontro da turma, então, também precisa repensar os seus hábitos.
Investir o dinheiro
Depois de reavaliar os gastos e começar a poupar, talvez seja a hora de você investir o seu dinheiro. Os bancos e instituições financeiras oferecem milhares de opções para quem quer aumentar a lucratividade do capital.
Investimentos mais conservadores vão desde a boa e velha poupança, até títulos de capitalização e mesmo títulos do Tesouro Direto. Se a pessoa tiver um perfil mais arrojado, é possível investir em outros títulos, como os da dívida pública, por exemplo.
Se tiver carteira assinada, guarde o FGTS
Os empregos com carteira assinada no país estão cada vez mais escassos não é mesmo? Mas se você já trabalha no regime de CLT, considere guardar com muito carinho e cuidado o seu Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), pois muitos bancos aceitam que a entrada seja feita com o dinheiro ali retido.
Agora que você conhece essas dicas, é hora de começar a pensar no imóvel dos seus sonhos.