A queda do preço da cenoura (-22,8%), do tomate (-16,5%) e das hortaliças e legumes (-3,5%) no acumulado das três primeiras semanas do mês de maio influenciou na desaceleração dos preços dos alimentos no período (de 1,19% para 0,76%).
Por outro lado, pesou no bolso dos consumidores o valor da cebola, que acumula variação positiva de 22% até o dia 22 deste mês, segundo dados apresentados nesta segunda-feira (23) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Com as movimentações, o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor — Semanal) da terceira quadrissemana de maio de 2022 subiu 0,44% e passou a acumular alta de 10,21% nos últimos 12 meses.
Na passagem da segunda para a terceira semana do mês, três das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Habitação (de -2,98% para -2,26%).
Na classe de despesa, o destaque ficou por conta da tarifa de eletricidade residencial, cujo preço variou -12,77%, ante -15,45% na semana anterior.
Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Transportes (de 1,1% para 1,17%) e Vestuário (de 1,19% para 1,25%). Nas classes de despesa, a gasolina (de 0,68% para 0,97%) e os calçados femininos (de 0,69% para 1,01%) figuram entre os destaques.
Em contrapartida, apresentaram variações em ritmo menor os itens que integram os grupos de Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,21% para 1,02%), Educação, Leitura e Recreação (de 3,75% para 3,5%), Comunicação (-0,13% para -0,23%) e Despesas Diversas (de 0,7% para 0,64%).
Entre os itens presentes nos grupos, medicamentos em geral (de 3,74% para 2,52%), passagem aérea (de 19,6% para 17,97%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de -0,25% para -0,36%) e conselho e associação de classe (de 0,53% para 0,1%) correspondem às maiores desacelerações entre as semanas.