Lar de quase 25% da população brasileira, as capitais foram responsáveis por 33,8% das mais de 1,3 milhão de vagas formais abertas no primeiro trimestre, mostram números apresentados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.
De acordo com os dados, as cidades mais importantes de cada estado realizaram 451.312 contratações com carteira assinada entre janeiro e junho, fruto de 3.953.127 admissões e 3.501.815 desligamentos no período. Com a evolução, as capitais ocupam todas as dez posições do ranking.
A cidade de São Paulo (SP) lidera a lista de contratações formais no acumulado deste ano, com 128.884 contratações a mais do que demissões. O saldo equivale a 9,66% do total de vagas criadas no país no período.
Na sequência, aparecem o Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Curitiba (PR) e Belo Horizonte (MG), que geraram, respectivamente, 55.283, 29.072, 26.605 e 25.133 novos empregos celetistas em 2022. A soma é equivalente a mais 10,2% do total de postos abertos neste ano.
O top 10 do ranking de contratações traz ainda os municípios de Goiânia (GO), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Manaus (AM) e Recife (PR). Juntos, eles somam mais de 94 mil novas colocações para trabalhadores com carteira assinada (7,09% do total).
Completam os 20 municípios que mais criaram postos de trabalho no período cinco cidades situadas no estado de São Paulo. São elas: Campinas (101.741), Guarulhos (75.574), Ribeirão Preto (60.813), Sorocaba (57.914) e Franca (24.880).
Ainda que nenhuma das capitais brasileiras tenha demitido mais do que contratado nos seis meses deste ano, aquelas localizadas na região Norte foram as que apresentaram a pior recuperação. Rio Branco (SC), Porto Velho (RO) e Boa Vista (RR) fecharam o semestre com saldo positivo de 2.575, 2.577 e 2.680 novos postos formais, respectivamente.
Entre todos os 5.570 municípios analisados pelo levantamento, 1.142 (20,5%) apresentaram corte de postos formais e 122 (2,2%) igualaram admissões e desligamentos. Entre as perdas, nove cidades tiveram saldo negativo com mais de 2.000 postos formais de trabalho encerrados.
As piores situações foram verificadas nos municípios de Igarassu (PE), Parauapebas (PA), Rio Formoso (PE), São Miguel dos Campos (AL) e Capela (SE), que finalizaram o semestre com, respectivamente, menos 2.837, 2.760, 2.521, 2.369 e 2.355 vagas com carteira assinada no ano passado.