O Brasil registrou saldo positivo de 85.147 empregos formais em outubro, segundo dados do Novo Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O número resulta de 2.271.460 admissões e 2.186.313 desligamentos no período.
O desempenho ficou abaixo do observado em setembro, quando o saldo alcançou 213.002 vagas, e também inferior ao de outubro de 2024, que havia somado 131.603 postos. No acumulado dos últimos 12 meses, o país gerou 1.351.832 empregos, volume menor que o registrado no ano móvel anterior.
Com o resultado, o estoque total de vínculos celetistas chegou a 48.995.950.
Setores
Apenas dois dos cinco grandes setores fecharam o mês com saldo positivo. Serviços liderou com 82.436 vagas, seguido do comércio, com 25.592. Já a indústria teve redução de 10.092 postos, a construção civil perdeu 2.875 e a agropecuária encerrou outubro com queda de 9.917 vagas.
Estados
Vinte e um estados registraram saldo positivo. Em números absolutos, São Paulo liderou com 18.456 vagas, seguido do Distrito Federal (15.467) e Pernambuco (10.596). Proporcionalmente, o Distrito Federal também ficou à frente, com alta de 1,5%.
Do total de vagas criadas, 67,7% foram classificadas como típicas, enquanto 32,3% corresponderam a vínculos não típicos, incluindo 15.056 trabalhadores intermitentes e 10.693 com jornadas de até 30 horas.
Salário
O salário médio real de admissão atingiu R$ 2.304,31 em outubro, alta de 0,8% em relação a setembro. Entre os trabalhadores típicos, a remuneração média foi de R$ 2.348,20, enquanto os não típicos receberam R$ 1.974,07.
As mulheres ocuparam a maior parte das vagas abertas no mês, totalizando 65.913 contratações. Os homens somaram 19.234. Nos setores de serviços e comércio, elas também concentraram a maior parte dos vínculos.
Jovens de 18 a 24 anos representaram 80.365 contratações, enquanto adolescentes de até 17 anos responderam por 23.586 vagas, sobretudo em serviços, comércio e indústria de transformação.
Queda no ritmo de criação
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, atribuiu a desaceleração no mercado formal à política de juros do Banco Central, que elevou a taxa Selic para 15% ao ano. Ele alertou que o encarecimento do crédito freia investimentos e afeta a geração de empregos.
Segundo o ministro, é necessário que a autoridade monetária adote medidas para aliviar o impacto dos juros sobre a atividade econômica e estimular novos investimentos.






















