Após dois meses de queda, busca por crédito volta a subir no país

Apesar do crescimento na passagem de setembro para outubro deste ano, o número teve queda em comparação com outubro de 2023. No momento da consulta, 31,06% dos consumidores possuíam alguma restrição no CPF

Fonte: Assessoria

Dinheiro
Marcello Casal JrAgência Brasil

A busca por crédito no país cresceu 8,41% em outubro de 2024 em comparação com setembro de 2024. Na comparação com outubro de 2023, o volume de consultas realizadas pelo setor financeiro no Brasil teve queda de ‐6,46%. É o que mostra o Indicador de Demanda por Crédito da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

“Com a chegada das festas de fim de ano, é esperado um aumento sazonal no consumo, o que geralmente eleva a demanda por crédito. No entanto, considerando os altos índices de inadimplência, é preciso cautela dos consumidores. Além disso, é preciso se preparar para as despesas de início de ano como IPTU, IPVA, matrículas e materiais escolares. A recomendação é limitar as despesas extras, optando por compras à vista e priorizando itens essenciais”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

Analisando o perfil do consumidor que buscou crédito no Brasil em outubro, nota‐se que o público predominante é o masculino, com participação de 53,76%. Na abertura por faixa etária, o público com participação mais expressiva foi de 40 a 49 anos, que representou 25,03% do total.

O indicador aponta que, do público consultado, 2,40% contrataram algum serviço de crédito. Os dados mostram que desse público, 74,79% contrataram Empréstimo e 22,97% Financiamento, totalizando 97,76%. Lembramos que um mesmo CPF pode contratar mais de um produto.

Observando a abertura por grupos financeiros que realizaram consultas em outubro, o grupo com participação mais expressiva no Brasil foi Intermediação monetária depósitos à vista (32,37%), seguido por Seguros de vida e não vida (28,24%), que totalizam 60,61% das consultas.

No momento da consulta, 31,06% dos consumidores possuíam alguma restrição ativa.

“A queda em relação ao ano passado indica que fatores como o cenário macroeconômico estão impactando a demanda por crédito. As taxas de juros elevadas, com possibilidade dea novos aumentos, desestimulam a contratação de empréstimos. Além disso, o elevado nível de endividamento, aliado à busca de crédito por inadimplentes, sugere que muitas famílias estão recorrendo ao crédito para atender necessidades imediatas, possivelmente enfrentando restrições no orçamento”, alerta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

Abrindo os resultados por região, o Sudeste apresentou a maior participação no número de consultas em outubro, com 46,99%, seguido pelo Nordeste (19,83%), Sul (18,98%), Centro‐Oeste (8,16%) e Norte (6,04%).

Formado em Jornalismo, possui sólida experiência em produção textual. Atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT, onde é responsável por criar conteúdos sobre política, economia e esporte regional. Além disso, foca em temas relacionados ao setor agro, contribuindo com análises e reportagens que abordam a importância e os desafios desse segmento essencial para Mato Grosso.