O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica multifatorial que se manifesta principalmente na infância e pode persistir ao longo da vida,o TDAH pode causar dificuldade em prestar atenção em detalhes e tarefas, em seguir instruções e concluir tarefas diárias, em se organizar, manter o foco e a tendência a perder objetos.
Os diagnósticos de TDAH tem crescido em todo o mundo nos últimos tempos, de acordo com um levantamento da agência France Presse, em 2013,um em cada 5 adolescentes americanos eram diagnosticados com TDAH e, segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção – ABDA – o número de casos de TDAH pode chegar a 8% mundialmente.
O cérebro dos seres humanos de hoje é o mesmo cérebro que os seres humanos tinham na Idade Média, onde o volume de informação e a velocidade com que ela devia ser processada eram infinitamente menores, isso logicamente gera uma enorme disparidade com os resultados requeridos pela sociedade e o que nosso cérebro está acostumado e biologicamente propenso a fazer.
Nossa sociedade atual possui características que foram definidas há poucos anos e que passam por constantes mudanças, como o crescente uso de redes sociais, a avalanche de informações, imediatismo, e a cultura narcísica formatada por ela, entre outros, acabam gerando alterações comportamentais muito próximas dos sintomas de TDAH, como ansiedade, hiperatividade, dificuldade em manter o foco, o que pode gerar diagnósticos equivocados.
O autodiagnóstico e a banalização do TDAH é muito perigoso e pode aumentar ainda mais a falsa sensação de ter encontrado a causa-raiz do problema, o que na verdade, prejudica o direcionamento correto de medidas para tratá-las, mas medidas voltadas para cuidado da saúde mental, por escolas,empresas, etc., ainda estão engatinhando e longe do que seria ideal para manusear as demandas, tanto do TDAH, quanto resultado do excesso do uso de redes sociais.