Nos últimos dias, diversas regiões do Brasil têm registrado níveis alarmantes de umidade relativa do ar, com índices abaixo de 12%, o que é considerado o limiar de emergência pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Este fenômeno tem gerado preocupações sobre os impactos na saúde pública e no meio ambiente. Mas o que está causando esse período de seca extrema?
Causas do Tempo Seco
O tempo seco é uma característica comum durante o inverno brasileiro, quando as chuvas são menos frequentes. A falta de precipitação acentua a redução da umidade, especialmente em dias consecutivos sem chuva. A umidade relativa do ar, assim como a temperatura, varia ao longo do dia. Normalmente, os níveis de umidade aumentam durante a noite e a madrugada, quando a evaporação é reduzida e o ar retém mais umidade. Contudo, com uma sequência prolongada de dias quentes e secos, essa recuperação é insuficiente, resultando em níveis críticos de umidade.
Regiões com Umidade Crítica
Recentemente, várias cidades brasileiras têm registrado umidade relativa do ar em níveis críticos. Na segunda-feira, Cristalina (GO), Unaí (MG) e Pompéu (MG) apresentaram umidade mínima de apenas 7%, por volta das 15h e 17h, conforme dados do INMET. Na terça-feira, Cotriguaçu (MT) também registrou 7% de umidade às 18h, enquanto Bom Jardim da Serra (SC) atingiu 7% ao meio-dia. Na quarta-feira, Barretos (SP) e Cotriguaçu (MT) novamente apresentaram níveis críticos de 7%, por volta das 17h e 18h, respectivamente. Esses dados destacam a severidade da seca em grande parte do Brasil, com diversas cidades no Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo enfrentando condições que acendem alertas para a saúde pública e o risco de incêndios florestais.
Previsão para os Próximos Dias
Para os próximos dias, a previsão indica que a umidade relativa do ar continuará a diminuir em várias regiões do país. A chegada de uma nova massa de ar quente deve intensificar o cenário de seca, com a umidade permanecendo abaixo dos 20% em amplas áreas. As regiões mais afetadas incluem Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, oeste de São Paulo, Triângulo Mineiro e áreas entre o sul da Bahia e o oeste de Pernambuco.
As autoridades e especialistas recomendam a adoção de medidas preventivas para mitigar os efeitos da baixa umidade, como a hidratação adequada, a umidificação dos ambientes e o cuidado redobrado com a saúde respiratória e a prevenção de incêndios.