Mato Grosso lidera queimadas no Brasil com 24 mil focos em 2024

Fonte: CenárioMT

Corpo de Bombeiros combate 25 incêndios florestais em Mato Grosso nesta quarta-feira (09.10)
Corpo de Bombeiros combate 25 incêndios florestais em Mato Grosso nesta quarta-feira (09.10)

Mato Grosso registra o maior número de queimadas do Brasil em 2024, com 24,8 mil focos de incêndio, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Somente em agosto, mais de 13,6 mil focos foram contabilizados, superando o total registrado de janeiro a julho.

O estado enfrenta sua pior seca em anos, e a falta de chuvas agrava a situação, especialmente no Pantanal e na Chapada dos Guimarães.

O governo estadual decretou situação de emergência por 180 dias devido à gravidade dos incêndios e à seca.

CAUSAS DOS INCÊNDIOS

Segundo a WWF Brasil, o número de focos de incêndio na Amazônia é o maior registrado desde 2004.

A instituição reforçou que, apesar do bioma ter apresentado queda no desmatamento nos últimos dois anos, o fogo utilizado para “limpar” as áreas onde a floresta ou a savana foi derrubada continua potencializando a destruição da área.

Conforme o último boletim anual do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), a área desmatada na Amazônia foi de 9.064 km² entre agosto de 2022 e julho de 2023, uma queda de 21,8% do total da área desmatada em comparação ao relatório anterior, de agosto de 2021 a julho de 2022.

No Pantanal e no Cerrado, a seca severa é um dos principais motivos que tem potencializado as chamas. Com isso, até as pequenas queimadas feitas em propriedades particulares podem se espalhar facilmente e causar grandes incêndios no bioma.

No Pantanal, a pouca chuva registrada nos primeiros meses do ano foram insuficientes para transbordar os rios e conectar lagoas e o Rio Paraguai, o principal do bioma, atingindo níveis baixos para esta época do ano.

635 MIL HECTARES X 45 BRIGADISTAS – A Terra Indígena Capoto Jarina, no Parque Nacional do Xingu, a 692 km de Cuiabá tem sido uma das regiões mais atingidas com o fogo descontrolado.

Na segunda-feira (26), um relatório divulgado pelo Instituto Raoni mostrou que a região tem cerca de 635 mil hectares e que somente 42 brigadistas estavam atuando no combate ao fogo.

Por outro lado, no Cerrado, especificamente no município de Itiquira, a 359 km de Cuiabá, os moradores andam cada vez mais amedrontados devido às queimadas registradas na cidade.

Um exemplo disso foi há cinco dias, quando um incêndio de grandes propoções atingiu um canavial e deixou a região coberta por fumaça.

Já no Pantanal, a situação ganha ainda mais destaque por causa dos impactos negativos que o fogo tem causado na vida dos moradores locais e dos animais silvestres, que estão morrendo em meio à seca severa.

Há duas semanas, a região da Reserva Particular do Patrimônio Natural do Sesc Pantanal, em Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá, foi atingida por uma queimada e teve parte da vegetação devastada.

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