Nesta sexta-feira (13), Mato Grosso amanheceu com um alerta preocupante em relação à qualidade do ar, que foi classificada como “insalubre” em várias regiões do estado. A combinação de queimadas e o clima seco, típico desta época do ano, está elevando os índices de poluição atmosférica, principalmente nas regiões Norte e Centro-Sul. A situação coloca o estado entre os mais afetados no Brasil, com um ar até 12 vezes mais tóxico do que o recomendado pelos padrões internacionais de qualidade.
De acordo com dados do site IQAir, especializado em monitoramento da qualidade do ar, cidades como Cuiabá, Sinop e Rondonópolis registraram índices acima de 150, o que é classificado como insalubre para toda a população. Em Cuiabá, a capital mato-grossense, o índice chegou a 162, tornando o ar perigoso para grupos mais sensíveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias.
Impacto da fumaça e clima seco no estado
A fumaça oriunda das queimadas, juntamente com a baixa umidade do ar, está agravando a situação em diversas regiões de Mato Grosso. O meteorologista local, João Santos, destaca que a falta de chuvas contribui para a permanência de poluentes na atmosfera. “A ausência de precipitações impede a dispersão das partículas de poluição, o que mantém os níveis elevados de material particulado no ar,” explica o especialista.
Os níveis de umidade relativa do ar em algumas regiões do estado estão abaixo de 20%, o que agrava a condição climática. Em resposta a essa situação, as autoridades de saúde do estado orientam a população a adotar medidas de proteção, como evitar atividades ao ar livre, principalmente nos horários de maior concentração de poluentes, e usar umidificadores de ar em ambientes fechados.
Prevenção e cuidados recomendados
Com a situação crítica em boa parte do estado, a Secretaria de Saúde de Mato Grosso divulgou uma série de orientações para minimizar os efeitos da poluição do ar:
- Hidratação constante: Beba água regularmente para ajudar o organismo a lidar com a poluição;
- Ambientes internos: Utilize umidificadores ou recipientes com água para melhorar a umidade em casa;
- Evitar atividades ao ar livre: Principalmente em horários de pico, quando a qualidade do ar tende a ser pior;
- Atendimento médico: Caso surjam sintomas respiratórios, como tosse persistente, falta de ar ou irritação nos olhos, procure assistência médica.
A expectativa é de que, com a chegada das primeiras chuvas, esperadas para o final de setembro, a situação melhore em todo o estado, aliviando os efeitos da poluição e melhorando a qualidade do ar. Até lá, as recomendações de cuidado e prevenção permanecem essenciais para garantir a saúde da população.