Uma névoa escura e densa paira sobre o céu de diversas cidades do Sul do Brasil. A chamada “chuva preta” tem assustado a população. A explicação para esse fenômeno, segundo o Climatempo, está na quantidade excessiva de fumaça presente no ar nesse momento.
A chuva que cai das nuvens atravessa a atmosfera carregando o material suspenso e, quando chega ao chão, é uma mistura escura de água e fuligem.
Como há o avanço de uma frente fria no sul do país, provocando precipitações, e um aumento da nuvem de fumaça sobre a região, a “chuva preta” pode voltar a ocorrer nos próximos dias tanto no Rio Grande do Sul quanto em Santa Catarina e Paraná, de acordo com os meteorologistas. E se essas condições persistirem, até estados como São Paulo e Mato Grosso do Sul podem ser atingidos.
Consequências da “chuva preta” para a saúde
A chuva preta não é apenas um fenômeno visualmente impactante, mas também representa uma ameaça à saúde e ao meio ambiente. A fuligem presente na chuva contém partículas finas que podem ser facilmente inaladas, causando problemas respiratórios, irritação nos olhos e alergias. Além disso, a deposição de material particulado no solo e na água pode contaminar o meio ambiente e afetar a biodiversidade.
A “chuva preta” pode deixar uma camada de sujeira nas superfícies, como prédios, calçadas, veículos e demais infraestraturas, o que pode levar à degradação dos materiais e aumentar os custos de manutenção, no caso de uma exposição duradoura.
Um sinal de alerta
A “chuva preta” é um indicador de altos níveis de poluição atmosférica e geralmente é observada em locais próximos a áreas industriais, queimadas ou onde há intensa queima de combustíveis fósseis.
No caso atual, o fenômeno é resultado da combinação de fatores como o aumento das queimadas em diversas regiões do país e as condições climáticas favoráveis à dispersão da fumaça.