Cada vez mais frequentes e mais devastadoras, as catástrofes naturais são um lembrete cruel da responsabilidade humana sobre as mudanças climáticas e o aquecimento global. O que antes era uma projeção futura tornou-se uma realidade gritante. Das enchentes avassaladoras às secas prolongadas, o mundo está testemunhando os efeitos nocivos do desequilíbrio ambiental.
A agropecuária, setor vital que alimenta o planeta, não está imune a essas consequências. De secas à enchentes, a crise climática também já está cobrando seu preço nos campos e pastagens, provocando desafios significativos para a produção de alimentos. Ao mesmo tempo, o setor (que é também um dos maiores consumidores de recursos naturais) traz consigo a responsabilidade – e cada vez mais condições – de se posicionar como grande protagonista em uma urgente revolução sustentável.
A população mundial cresce exponencialmente, e será fundamental conciliar o aumento da produção de alimentos com a preservação dos recursos naturais, garantindo a segurança alimentar das próximas gerações e a saúde do planeta. Isso só será possível com a priorização de novas práticas e tecnologias inovadoras que promovam a conservação dos recursos naturais, como água, solo e a biodiversidade.
Um caminho que passará, dentre outros avanços, pela substituição de insumos tradicionais por biológicos de alta eficiência, como biofertilizantes, biodefensivos e organismos benéficos do solo. Tecnologias que não apenas reduzem a dependência de produtos químicos tradicionais, mas também promovem a saúde do solo e a biodiversidade, contribuindo para a resiliência dos sistemas agrícolas.
A agricultura regenerativa será outra peça-chave para maior produtividade com redução de impactos negativos, investindo na regeneração de ecossistemas degradados, na promoção a saúde do solo e na redução da pegada de carbono sobre a produção de alimentos. Práticas como os sistemas agroflorestas, rotação de culturas e recuperação de pastagens não apenas mitigam as emissões de carbono, mas também aumentam a capacidade de armazenamento de carbono no solo, ajudando a combater as mudanças climáticas.
Somam-se a este processo os avanços brasileiros em pesquisa e desenvolvimento de inovação, além da adoção de tecnologias digitais e de inteligência artificial capazes de promover cada vez mais eficiência e sustentabilidade no campo. Ferramentas como sensores remotos, drones agrícolas e análise de big data já nos permitem uma gestão mais eficiente dos recursos, otimizando o uso de água, energia e insumos agrícolas.
Além disso, a inteligência artificial pode revolucionar a agricultura ao prever padrões climáticos, otimizar o planejamento de culturas e até mesmo ajudar na seleção genética de plantas mais resistentes às mudanças climáticas. Ou ainda, como temos já em campo com grande sucesso, o mapeamento e seleção genética de microrganismos benéficos parceiros, cada vez mais assertivos à saúde e vigor dos cultivos.
A transição para uma agropecuária sustentável é um processo desafiador, mas necessário para garantir a segurança alimentar e a preservação do meio ambiente. E o Brasil tem plenas condições de se tornar exemplo mundial nesta corrida. Através da adoção de tecnologias biológicas, práticas agrícolas inovadoras e políticas públicas adequadas, podemos construir um futuro onde a produção de alimentos esteja em harmonia com a natureza, com as cidades e com as vidas humanas. Das decisões que tomarmos hoje, dependerá o futuro da nossa alimentação e do nosso planeta. O tempo para agir é agora!
*Cristiano Pinchetti é administrador formado na FAAP, com pós-graduação na FEA-USP. Sua carreira inclui passagens por Citibank e Monsanto. Com vivência profissional no Brasil, Europa e EUA, Pinchetti desenvolveu robustez em gestão financeira em cenários de crise, como na Nextel. Na companhia alemã Helm, adquiriu perspectiva única sobre empresas familiares de capital fechado. Chegou à Indigo como CFO Latam e hoje atua como CEO Brasil e Latam.
______________________
Sobre a Indigo Ag
A Indigo Ag é uma empresa global de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para uma agricultura mais sustentável. Fundada em 2013, e já presente em 14 países, ela se destaca, dentre outros fatores, por ser uma das únicas no mundo desenvolvendo biológicos de alta performance a partir de microrganismos endofíticos associados a bioinformática e data science. Com isso, construiu o maior banco de microrganismos endofíticos de uso comercial do mundo. São mais de 37 mil cepas e 350 diferentes gêneros de bactérias e fungos, coletados de diferentes plantas e regiões geográficas em todo o planeta – e em constante expansão. Através do uso da ciência e da tecnologia a Indigo transforma a sustentabilidade em valor para agricultores, agronegócios e corporações.
O portfólio da Indigo inclui linha de crédito para compra de sementes e fertilizantes em uma única transação. Nos Estados Unidos, a empresa oferece ainda o Indigo Carbono, programa que possibilita a geração, quantificação e comercialização de créditos de carbono. Globalmente, a Indigo é atualmente a única empresa que comercializa em escala, créditos de carbono de alta qualidade e reduções de emissões de escopo 3, gerados através da agricultura.
Fomentando uma agricultura mais rentável e sustentável, a Indigo cumpre sua missão de apoiar os agricultores a alimentar o planeta com conservação ambiental para as próximas gerações.
Sobre a Indigo LATAM
A Indigo chegou na Argentina em 2017 e no Brasil em 2018. Em 2020, a empresa decidiu unificar as operações cujas geografias são aquelas onde a oferta biológica da empresa possuem a maior penetração de mercado. A Indigo LATAM tem peso significativo no faturamento mundial da startup com biológicos e seus produtos estão presentes em mais de dois milhões de hectares espalhados pelos dois países. A Indigo também possui uma solução financeira para simplificar o acesso ao crédito para o produtor rural parceiro, que o permite financiar suas sementes, biológicos e até o fertilizante, pagando apenas no prazo safra. Mais informações no portal da Indigo.