Um ciclone extratropical em formação entre o Paraguai, o nordeste da Argentina e o Rio Grande do Sul deve provocar instabilidades em grande parte do país até a próxima quinta-feira (11). O sistema, associado a uma frente fria, tende a gerar chuvas volumosas, descargas elétricas e rajadas de vento em dez estados brasileiros.
De acordo com análises meteorológicas, áreas de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, além das regiões Sul e partes do Centro-Oeste — como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás — podem sentir os efeitos mais intensos do fenômeno.
O que caracteriza um ciclone extratropical?
O ciclone extratropical é um sistema de baixa pressão atmosférica típico de latitudes médias, portanto, distante da faixa equatorial. Embora seja mais comum em continentes como Europa, América do Norte e Ásia, o fenômeno também ocorre com frequência no Brasil, especialmente no Sul.
Sua formação está diretamente ligada ao contraste de temperaturas: enquanto o ar quente das regiões tropicais tende a subir, o ar frio vindo do sul desce, criando um ambiente instável que favorece o desenvolvimento do ciclone.
Como esse fenômeno afeta o clima?
Durante sua atuação, o ciclone pode provocar:
- ventos fortes, com rajadas acima de 70 km/h;
- chuvas intensas e tempestades localizadas;
- queda acentuada de temperatura;
- possibilidade de neve ou precipitação invernal em áreas mais frias.
Apesar de ser menos intenso que os ciclones tropicais — conhecidos como furacões ou tufões — o ciclone extratropical é capaz de gerar danos significativos, especialmente em regiões densamente povoadas ou próximas ao litoral.
Publicado em 09/12/2025 • 08h46






















