O W20 (Women 20 – Mulheres 20), um dos 13 grupos de engajamento do G20, se reuniu nesta segunda-feira (22) com representantes de ministérios das finanças e bancos centrais dos países-membros para defender a valorização, a remuneração e a divisão igualitária do trabalho de cuidado, que muitas vezes recai exclusivamente sobre as mulheres.
Ana Fontes, líder do W20 e fundadora da Rede Brasileira de Mulheres Empreendedoras, citou o modelo argentino como exemplo a ser seguido, onde os anos dedicados à criação de filhos pequenos são contabilizados para a aposentadoria das mulheres. Ela ressalta, no entanto, que a medida deve ser implementada de forma a beneficiar ambos os gêneros, e não apenas as mulheres.
“Se a gente não paga, ninguém valoriza”, afirma Ana Fontes. “Socialmente, as pessoas não reconhecem a importância da economia do cuidado. Ela gera renda e impulsiona a economia como um todo.”
A líder do W20 também defende a necessidade de repensar a forma como a “economia do cuidado” é vista e remunerada. “O mundo não tem falta de dinheiro, mas sim de ações direcionadas para essa área. É preciso organizar essa questão financeira”, argumenta.