Como as emoções e o dinheiro se conectam?

Fonte: REBECA MORAES

Como as emoções e o dinheiro se conectam?
Como as emoções e o dinheiro se conectam?

Comprar algo que não precisa ou não conseguir poupar são comportamentos comuns, mas como as emoções e o dinheiro se conectam? Por trás de cada decisão, existe um poderoso responsável: o nosso cérebro.

Todos os dias, somos bombardeados por propagandas, ofertas irresistíveis e aquele apelo emocional para gastar. Parece difícil resistir, não é? Entender como o cérebro trabalha e suas armadilhas pode ser o primeiro passo para melhorar a sua relação com o dinheiro.

A área de finanças comportamentais busca compreender a relação entre nossas emoções e as decisões financeiras. Afinal, por que gastamos mais do que podemos, mesmo sabendo que isso pode nos prejudicar? Por que é tão desafiador guardar dinheiro para o futuro?

Enquanto especialistas em finanças recomendam gastar menos do que se ganha e montar um fundo de emergência, as finanças comportamentais mergulham no “porquê” das dificuldades em seguir essas recomendações. Muitas vezes, as emoções, crenças e experiências de vida moldam nossa relação com o dinheiro.

As três regiões do cérebro e suas armadilhas financeiras

O cérebro possui três áreas principais que influenciam nossas decisões financeiras:

  • Cérebro reptiliano
    É responsável pelas respostas instintivas e ligadas à sobrevivência. Essa área pode nos levar a decisões impulsivas, como gastar sem pensar, especialmente em situações de estresse.
  • Cérebro límbico
    Também chamado de cérebro emocional, controla emoções mais complexas. Muitas compras feitas para aliviar frustrações ou buscar prazer imediato têm origem aqui.
  • Neocórtex
    Essa é a parte racional do cérebro, ligada ao planejamento e à lógica. É ela que entra em ação quando conseguimos controlar impulsos e tomar decisões financeiras mais equilibradas.
  • Exercitar o controle e a conexão entre essas áreas pode ajudar a reduzir compras impulsivas e melhorar o planejamento financeiro.

Como as emoções e o dinheiro se conectam?

Real Moeda brasileira, dinheiro

Como as emoções e o dinheiro se conectam?

O dinheiro pode representar muitas coisas: segurança, poder, liberdade ou até mesmo culpa. Dependendo das suas crenças e experiências, ele pode influenciar profundamente suas emoções e ações. O psicólogo norte-americano Bradley Klontz identificou quatro perfis emocionais em relação ao dinheiro:

  1. Afastamento do dinheiro
    Quem acredita que o dinheiro é algo negativo pode evitá-lo, dificultando o planejamento financeiro.
  2. Culto ao dinheiro
    Para essas pessoas, nunca é o suficiente. Elas acreditam que a felicidade está exclusivamente atrelada à quantidade de dinheiro.
  3. Status associado ao dinheiro
    Aqui, o valor pessoal é medido pelas posses. Comprar para impressionar pode ser uma armadilha frequente.
  4. Vigilância excessiva do dinheiro
    Embora sejam cuidadosos, esses indivíduos nunca acham que têm o suficiente, o que pode gerar ansiedade.

Estratégias para desenvolver inteligência emocional financeira

É possível treinar sua mente para tomar decisões financeiras mais inteligentes. Aqui estão algumas dicas práticas:

  • Planeje antes de gastar
    Antes de fazer uma compra, pergunte-se: “Eu realmente preciso disso?” A resposta sincera pode evitar arrependimentos.
  • Desassocie dinheiro e status
    Valorize experiências e metas a longo prazo, em vez de focar apenas no consumo imediato.
  • Defina suas prioridades
    Crie um orçamento que reflita suas necessidades e objetivos, como poupar para emergências ou investir para o futuro.
  • Automatize suas economias
    Configurar transferências automáticas para poupança ou investimentos reduz o risco de gastar antes de poupar.
  • Pratique a gratidão
    Reconhecer o que você já conquistou ajuda a reduzir a sensação de insuficiência.

Erros financeiros comuns que o cérebro incentiva

  • Não ter um planejamento financeiro detalhado.
  • Fazer compras por impulso sem refletir.
  • Subestimar a importância de um fundo de emergência.
  • Usar o cartão de crédito de forma descontrolada.

Seja mestre da sua mente e do seu dinheiro

Reprogramar o cérebro é um exercício que exige tempo, paciência e consistência. Mas é possível superar os desafios financeiros que parecem intransponíveis. Cada pequeno passo, como reconhecer suas emoções ou criar hábitos de economia, faz uma grande diferença.

Lembre-se: você tem o poder de transformar sua relação com o dinheiro e construir um futuro mais tranquilo. E isso começa hoje, com pequenas escolhas conscientes. Afinal, seu cérebro pode ser seu maior aliado nessa jornada!

Sou Dayelle Ribeiro, redatora do portal CenárioMT, onde compartilho diariamente as principais notícias que agitam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Com um olhar atento para os eventos locais, meu objetivo é informar e conectar as pessoas com o que acontece em suas cidades. Acredito no poder da informação como ferramenta de transformação e estou sempre em busca de trazer conteúdo relevante e atualizado para nossos leitores. Vamos juntos explorar as histórias que moldam nosso estado!