Saiba quem é Margareth Buzetti (PP-MT), empresária e ex-senadora por Mato Grosso, autora de leis nacionais contra pedofilia, feminicídio e crimes sexuais, e uma das parlamentares mais influentes do estado.
Trajetória da Senadora Margareth Buzetti
Margareth Buzetti, nascida em 31 de outubro de 1959 em Concórdia (SC), construiu sua carreira no setor empresarial antes de ingressar na política. Empresária reconhecida na área de reforma de pneus, atuou como presidente da Associação Brasileira de Reforma de Pneus (ABR) e da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá (AEDIC), participando ativamente do desenvolvimento industrial mato-grossense.
Seu envolvimento com o setor produtivo abriu portas para a política, onde ficou conhecida por defender pautas econômicas, sociais e de segurança pública.
Assunção ao Senado por Mato Grosso
Buzetti assumiu o mandato no Senado Federal como suplente do então senador Carlos Fávaro. Em 2023, com a ida de Fávaro ao Ministério da Agricultura, ela passou a exercer o mandato de forma integral, representando Mato Grosso em Brasília.
Em 2025, tornou-se coordenadora da bancada federal de Mato Grosso, posição estratégica que fortaleceu sua influência política.
Principais Leis e Pautas Defendidas
Durante seu mandato, Margareth Buzetti se destacou por projetos voltados à proteção de mulheres, crianças, adolescentes e pessoas em situação de vulnerabilidade. Entre suas principais conquistas:
✔ Pacote Antifeminicídio
Transformou o feminicídio em crime autônomo, elevando penas e facilitando investigações.
✔ Cadastro Nacional de Pedófilos
Lei que criou um banco de monitoramento de criminosos sexuais para prevenir reincidência.
✔ Direito à reconstrução mamária
Ampliação do direito à reconstrução da mama para mulheres mutiladas por câncer ou violência grave.
✔ Projetos pró-agronegócio e agricultura familiar
Defesa de isenções e desburocratização para pequenos produtores rurais, especialmente no interior de Mato Grosso.
✔ Lei 15.280/2025 – Penas mais duras para crimes sexuais
Buzetti é autora da lei que endurece penas para pedofilia e demais crimes contra vulneráveis, amplia medidas protetivas e determina coleta obrigatória de DNA de condenados.
Atuação em Mato Grosso
Mesmo com forte atuação nacional, Buzetti manteve foco em Mato Grosso: articulou recursos federais, apoiou políticas de infraestrutura, saúde, segurança pública e defendeu o setor produtivo, especialmente nos municípios do interior.
Fim do mandato no Senado
Em setembro de 2025, Margareth Buzetti se despediu do Senado ao concluir seu período como suplente. Em discurso final, destacou o legado de leis aprovadas e reafirmou seu compromisso com Mato Grosso.
Margareth Buzetti chegou ao Senado na condição de primeira-suplente de Carlos Fávaro, ministro da Agricultura. O mandato será assumido agora pelo segundo-suplente da chapa, José Lacerda (PSD-MT).
Em seu pronunciamento, Margareth Buzetti disse que encerra um mandato “marcado pela coragem, determinação e entrega, que não abriu espaço para a vergonha, não se curvou diante da covardia e jamais conheceu a preguiça”.
A senadora também destacou as propostas de sua autoria que foram aprovadas no Senado.
— O feminicídio hoje é crime autônomo com maior pena do Código Penal graças a um projeto de minha autoria [PL 4.266/2023], aprovado nesta Casa. O Brasil terá em breve um Cadastro Nacional de Pedófilos e Estupradores [Lei 15.035, de 2024], também fruto de trabalho meu. Mulheres que perderam a mama por qualquer tipo de mutilação agora têm direito à reconstrução porque esta Casa acolheu outra proposta minha [Lei 15.171, de 2025] — afirmou.
Margareth Buzetti disse que pretende se dedicar ao Mato Grosso e visitar mais municípios do estado. A senadora também cobrou “menos ativismo e mais trabalho”. E ressaltou que “a polarização não acaba com desemprego, abaixa os juros ou melhora a vida de ninguém”.
Ao final de seu pronunciamento, Margareth Buzetti expressou gratidão aos seus pares, familiares e aos servidores que a assessoraram em seu mandato no Senado.
Em apartes, Margareth Buzetti foi saudada pelos senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Ciro Nogueira (PP-PI), Efraim Filho (União-PB), Mecias de Jesus (Republicanos-RR), Nelsinho Trad (PSD-MS), Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), Magno Malta (PL-ES), Eduardo Girão (Novo-CE), Eduardo Braga (MDB-AM), Esperidião Amin (PP-SC), Otto Alencar (PSD-BA), Rogério Marinho (PL-RN), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Sérgio Moro (União-PR), Jorge Seif (PL-SC), Izalci Lucas (PL-DF) e Zequinha Marinho (Podemos-PA). E pelas senadoras Professora Dorinha Seabra (União-TO), Tereza Cristina (PP-MS), Teresa Leitão (PT-PE), Augusta Brito (PT-CE), Zenaide Maia (PSD-RN), Jussara Lima (PSD-PI), Soraya Thronicke (Podemos-MS) e Damares Alves (Republicanos-DF).
