A corrida eleitoral para o Palácio do Planalto tem tomado rumos cada vez mais incertos, principalmente para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principalmente por tratem radicalmente de temas como revisão de reformas, descriminalização do aborto, controle social da mídia. A folga nas pesquisas pode ter sido o fator pelo qual o partido dos trabalhadores tenha buscado adotar essa estratégia e que agora precisa ser alterada às pressas.
Segundo pesquisa do PODERDATA, realizada entre os dias 10 e 12 de abril e registrada no TSE sob número BR-00368/2022, se a eleição fosse realizada apenas com um intermediário, Lula teria 46% do total de votos no primeiro turno, mais do que o número de opositores nessa subdivisão somados – outros 16% teriam votado em Jair Bolsonaro (PL). essa corrente representa apenas 17% dos eleitores, uma queda de 8 pontos percentuais em relação a agosto de 2021. A contrapartida direta é de 33%.
Para o jornalista, publicitário e especialista em marketing, Janiel Kempers, essa super crença numa vitória estarrecedora, deu espaço para a recuperação de Jair Bolsonaro. “O grande problema na estratégia do PT, foi tentar falar somente a quem já é eleitor decidido do ex- presidente Lula, deixando de lado um percentual importante de indecisos, o que abriu precedentes para uma recuperação substancial de Jair Bolsonaro”, afirma.
Nos últimos dias os discursos das principais lideranças do PT mudaram. Segundo o especialista em marketing político, Janiel Kempers, a cúpula da campanha petista irá traçar um novo perfil para Lula, a fim de angariar votos do centro.
“Estrategicamente falando, o marketing da campanha de Lula irá trabalhar uma imagem mais ‘paz e amor’, buscando tirar uma pouco do esquerdista radical, enraizada pelos movimentos sociais como MST, e levando mais para a esperança” e “união” e o foco em geração de emprego”, pontua.
O que se sabe de fato, é que o rumo da eleição presidencial deste ano é incerta, o que pode prejudicar alguns e beneficiar outros.