Rejeição ao governo cresce no Nordeste
O Nordeste, historicamente um reduto petista, registrou uma significativa queda na aprovação de Lula. Em janeiro de 2024, 61% dos entrevistados avaliavam o governo como bom ou ótimo. No entanto, em fevereiro de 2025, esse número caiu para 40%, enquanto a avaliação negativa (ruim ou péssimo) subiu de 14% para 30%.
A região é considerada essencial para o PT, sendo onde o partido conseguiu eleger governadores nos estados do Piauí, Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte. Essa mudança pode impactar a base de apoio do governo federal.
Queda na aprovação geral e avanço da rejeição
A pesquisa também aponta uma deterioração na imagem do governo em nível nacional. A aprovação da gestão caiu de 35% para 29% entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025, enquanto a rejeição cresceu de 31% para 44%. Esses números reforçam a percepção de insatisfação crescente com a administração atual.
Insatisfação entre os mais pobres
Outro dado relevante é o aumento da rejeição entre os eleitores de menor renda. Em novembro de 2024, apenas 24% dos que ganham até dois salários mínimos avaliavam o governo como ruim ou péssimo. Agora, esse percentual subiu para 35%. Entre aqueles que ganham de dois a cinco salários mínimos, a reprovação saltou de 33% para 49% no mesmo período.
Esse grupo é um dos mais beneficiados pelos programas sociais do governo, como o Bolsa Família. O aumento da insatisfação pode indicar dificuldades econômicas e perda de poder de compra.
Impactos políticos e próximos desafios
Com as eleições municipais de 2025 se aproximando, a queda na popularidade de Lula pode impactar a estratégia do Partido dos Trabalhadores nas disputas locais. Especialistas apontam que o governo precisará fortalecer sua comunicação e apresentar medidas concretas para conter a insatisfação popular.
A tendência de queda na aprovação do governo reforça a necessidade de ajustes na política econômica e social para recuperar a confiança do eleitorado.