Um dia após o início gradual da redução de voos no Aeroporto Santos Dumont (RJ), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou, durante visita ao Rio de Janeiro nesta segunda-feira (02), o lançamento do edital de licitação para obras de modernização, como melhorias nas pistas de taxiamento, pátio de aeronaves e terminal de passageiros, além da implantação do EMAS, sigla em inglês para um sistema de desaceleração de aeronaves, no terminal.
“O EMAS é uma obra importante para o Santos Dumont, que é limitado, fisicamente, pela Baía de Guanabara. O investimento de R$170 milhões no terminal vai garantir uma segurança aeroportuária ainda maior”, destacou Costa Filho.
A restrição de voos no Santos Dumont e, consequentemente, a ampliação de rotas no Aeroporto Internacional do Galeão – Tom Jobim, seguem as diretrizes do MPor.
Em agosto de 2023, o então ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, assinou uma Resolução que determina que as operações no Santos Dumont devem ser planejadas observando a distância máxima de 400 quilômetros de seu destino ou origem, em aeroportos de voos domésticos. Os terminais que se encaixam nesse perfil são Congonhas (SP) e Pampulha (BH).
A determinação deve ser adotada a partir de 02 de janeiro de 2024, para permitir a adequação da malha por parte das empresas aéreas, minimizando, assim, o impacto sobre os passageiros.
Pensando nisso, o ministro Costa Filho também fez uma visita técnica ao Aeroporto do Galeão e, posteriormente, se encontrou com o prefeito da cidade, Eduardo Paes.
“Nós queremos construir a agenda do presente e do futuro de maneira coletiva, essa é a orientação do Governo Federal. Nós vamos, a partir de hoje, analisar a Resolução no sentido de ampliar a operação para Brasília, para fortalecer ainda mais o Galeão. Essa é uma decisão também do prefeito Eduardo Paes”, disse o ministro de Portos e Aeroportos.
Em setembro, o Santos Dumont registrou 5.028 decolagens e a projeção da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) para o próximo trimestre é de menos de 4 mil frequências de voos por mês.
Já o Aeroporto Internacional do Galeão terá um aumento no número de voos e operará para novos destinos. Em setembro, o Galeão teve 1.902 decolagens e a expectativa da ANAC é que esse número chegue a quase 3 mil em dezembro de 2023.
Brasil-Arábia Saudita
Ainda no Rio de Janeiro, o ministro de Portos e Aeroportos participou da Conferência Brasil-Arábia Saudita sobre Aviação.
O Brasil é o segundo país com maior índice de competitividade do mercado de transporte aéreo na região da América Latina e do Caribe, segundo dados da ALTA (Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo). O mercado brasileiro é bastante forte, tendo registrado transporte médio de 82,2 milhões de passageiros em voos domésticos e 15,6 milhões de passageiros em voos internacionais em 2022.
Tendo em vista esse cenário, há interesse de aproximação da Arábia Saudita com o Brasil. A Arábia Saudita, que anunciou a constituição de uma segunda empresa aérea nacional, tem planos de expansão para mais de 100 destinos internacionais até 2030, entre eles está o Brasil.
“É fundamental que cada vez mais a gente possa apresentar o Brasil ao mundo para trazermos investimentos internacionais, buscando crescimento econômico e, sobretudo, a geração de emprego e renda”, afirmou Costa Filho.
Participam também do evento, que é organizado pela ANAC, os ministros Rui Costa e Waldez Góes, da Casa Civil e Desenvolvimento Regional, respectivamente, o presidente da ANAC, Tiago Pereira, autoridades sauditas e executivos do setor aéreo privado. A Conferência termina nesta terça-feira (03).
Por: Ministério de Portos e Aeroportos (MPor)