Mulheres do Rio de Janeiro iniciaram na manhã de segunda-feira uma viagem de mais de 20 horas rumo a Brasília para participar da Marcha Nacional das Mulheres Negras. Entre elas estava a costureira e ativista Márcia Justino Barreto Bispo, de 56 anos, que integrou o grupo que partiu da Cinelândia.
De acordo com as organizadoras, cerca de 30 mil mulheres do estado devem integrar o ato na capital federal, somando-se a participantes de diversas regiões do país.
Márcia afirmou que a mobilização representa a defesa de oportunidades e visibilidade para mulheres negras, ressaltando a necessidade de reparação histórica e maior presença em espaços de trabalho, política e educação.
Marcha
A assistente social Irinéia Olinda de Jesus, de 72 anos, integrante da Secretaria de Combate ao Racismo de um partido político, destacou que a marcha evidencia a persistência de desigualdades vividas pelas mulheres negras. Ela lembrou o legado de resistência das ancestrais que enfrentaram escravização e separação familiar, reforçando que ainda há um longo caminho até a igualdade.
Já a costureira Íris de Oliveira Thomaz, de 64 anos, afirmou marchar em nome de seus antepassados e das gerações futuras, defendendo melhores condições de vida e o fim do racismo.





















