O deputado federal José Medeiros, foi apontado pelo governo do estado como um dos maiores propagadores de fake News.
Membro da bancada federal de Mato Grosso, o deputado federal José Meideros (Podemos) é um dos 26 políticos acusados de espalhar Fake News durante a pandemia do novo coronavírus. O nome do parlamentar está registrado em documentos da CPI da Covid do Senado Federal, em Brasília.
Em nota oficial nesta sábado (24.07) o governo rebate uma postagem feita nas redes sociais pelo deputado federal José Medeiros (Pode).
“O deputado federal José Medeiros, apontado como um dos maiores propagadores de fake News, mais uma vez demonstra seu total desconhecimento de leis federais, inclusive de lei que ele próprio votou a favor.
No caso da emenda constitucional 103/2019, que trata da reforma previdenciária, o deputado fala, em suas redes sociais, que o governador teria a “opção” de estabelecer alíquota de previdência para aposentados e pensionistas. Uma fake News.<
No entanto, Emenda 103 determinou que Estados e municípios, que possuíssem déficit financeiro com a previdência, adotassem as medidas necessárias para reestabelecer o equilíbrio financeiro e atuarial. As medidas são condições obrigatórias para que Estados e municípios não fiquem irregulares e inadimplentes com a União, o que impede de receber transferências de recursos por exemplo.<
A alíquota de 14% para os servidores ativos e a tributação de aposentados e pensionistas foram estabelecidas na própria emenda constitucional 103, como uma das medidas a serem adotadas. A legislação também possibilitou a isenção dos inativos até o teto do regime geral de previdência, sendo estabelecida alíquota progressiva dos ativos, em até 22%, porém essa medida foi descartada pelos Poderes e entidades que fazem parte do Conselho de Previdência do Estado.
Do contrário, outra medida seria criar um novo imposto estadual para cobrir o déficit, o que foi rechaçado de imediato pelo governo, uma vez que toda a sociedade teria de arcar com os custos.
Dessa forma, o deputado federal distorce as informações contidas na própria legislação federal para atacar o Governo de Mato Grosso, que busca regularizar e reequilibrar as contas do Estado e da previdência de seus servidores.<
No Twitter do deputado, é possível encontrar diversas menções ao medicamento no perfil oficial do parlamentar. Em uma das publicações, Medeiros compartilha o que seria o depoimento de toda uma família maranhense “salva por um tratamento precoce com cloroquina”. No post, feito em maio de 2020, Medeiros ainda afirma que o país teria “mais histórias como essa, em breve, com o novo protocolo do Ministério da Saúde”.
O Ministério da Saúde enviou uma nota à CPI da Covid, contraindicado o uso de cloroquina, ivermectina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente em tratamento contra a covid-19.
Ao site Gazeta Digital, Medeiros rebateu afirmando de forma sucinta que a lista é uma fake news de Renan e do senador Osmar Assis, que preside a CPI. “Uma lista de nomes expedida por Renan e Omar Assis não passa de um fake news“, disse.
OUTRO CASO DE FAKE NEWS
Também em nota, o Governo acusou o deputado estadual Faissal Calil (PV) de espalhar fake news em suas redes sociais. Em um vídeo, o parlamentar atribui ao Executivo a alta no preço do gás de cozinha, por conta do Projeto de Lei 53/2019, que alterou o sistema tributário no estado.
Em comunicado, emitido no fim da tarde de sexta-feira, o Palácio Paiaguás acusou o o deputado estadual Faissal Calil de criar Fake News, ou noticia falsa, em uma suposta mentira disseminada sobre o preço do ICMS do gás de cozinha em Mato Grosso.