A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada do Adolescente (Dea) de Várzea Grande, vem realizado na região, ações de cunho preventivo e direcionadas para alunos de escolas municipais e estaduais.
Ao todo 650 alunos participaram das atividades e palestras desenvolvidas pela equipe da Dea, nos meses de setembro e outubro, nas E. M. Marilce Benedita de Arruda, E. E. Profª. Arlete Maria da Silva, E. E. Irene Gomes de Campos e no pelotão do Projeto Bombeiro do Futuro.
O trabalho passou a ser realizado com o surgimento de demandas acerca de bullying e violência virtual, nas unidades da rede de ensino em Várzea Grande, e visa orientar a comunidade escolar sobre possíveis condutas que podem resultar na responsabilização das medidas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente.
O delegado da Dea, Nilson André Farias de Oliveira, destacou a importância de se levar o debate sobre a violência os estudantes, em especial o bullying e, em que alternativas de resolução de problemas sejam colocadas, inclusive o encaminhamento para outras instituições, ou outros profissionais, dos casos identificados como impossíveis de serem resolvidos no interior da escola.
“O bullying é violência contra a pessoa, que muitas vezes não deixa marcas e nem indícios suficientes para uma tipificação penal”, destacou o delegado.
Já o chefe de operações da delegacia, Otniel Oliveira, explicou que a estratégia é fazer frente ao aumento significativo de ocorrências que tem chegado na unidade. Para ele, o contexto das abordagens com os alunos é oportunizar um diálogo franco.
“A questão do bullying e cyberbullying não se tratar apenas de simples brincadeira, mas sim de uma violência perversa cuja prática é equiparável aos atos infracionais contra a honra”, completou o investigador.
Para o coordenador da Escola Estadual Arlete Maria, Welington Amaral, a iniciativa da Dea está ao encontro do artigo 12 da Lei nº 9.392, ao determinar que todos os estabelecimentos de ensino terão como incumbência promover medidas de conscientização, prevenção e combate a todos os tipos de violência, especialmente a intimidação sistemática (bullying) e estabelecer ações destinadas a promover a cultura de paz nas escolas.
“Os conceitos abordados pelos policiais civis apontam para a construção de um ambiente de respeito por todos, sobretudo por orientar aos participantes a buscar apoio para combater bullying e cyberbullying”, enalteceu o coordenador.
As palestras ministradas nas escolas para estudantes do ensino fundamental, entre 12 a 15 anos, foram ministradas pelos policiais civis, Ademar Torres e Raquel Santos, lotados na Dea.