A senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) expressou preocupação sobre o estudo aprovado pela Fundação Nacional do Índio (Funai) para identificação e delimitação da terra indígena Kapôt Nhinore. Esta terra se situa entre as cidades de Vila Rica e Santa Cruz do Xingu, em Mato Grosso, e São Félix do Xingu, no Pará.
Impacto Econômico e Insegurança Jurídica
A parlamentar manifestou surpresa em relação à decisão de demarcar uma área de 360 mil hectares em uma região economicamente produtiva. Buzetti aponta que a área em questão é uma fonte significativa de emprego e renda para o Brasil, com produção de gado, soja e florestamento.
“Os produtores rurais têm trabalhado diligentemente, recebendo até financiamento do governo para aumentar a produção, e agora estão preocupados com o futuro de suas propriedades e famílias”, disse a senadora. Ela citou um estudo preliminar do Instituto Pensar Agro (IPA) que sugere que a demarcação afetaria a posse legítima de 201 proprietários.
Questionamento da Demarcação
Buzetti levantou questões sobre a necessidade de uma tão grande extensão de terra para o grupo indígena Kapôt Nhinore, que, segundo ela, é composto por apenas 60 membros. Ela defende a realização de um estudo mais detalhado para avaliar as necessidades culturais e ambientais do grupo e determinar a quantidade de terra necessária.
Próximos Passos
A senadora informou que se reuniu com a presidente da Funai, Joenia Wapichana, para entender mais sobre a proposta de demarcação e as possíveis indenizações aos agricultores. Buzetti, coordenadora da bancada do Mato Grosso, também mencionou que haverá um encontro com o governador do estado, Mauro Mendes, e com representantes dos produtores rurais para planejar as ações futuras.