Para Plínio, previsões sobre ‘desertificação’ da Amazônia não são de fontes confiáveis

O senador Plínio Valério criticou publicação do periódico norte-americano Nature Climate Change, que divulgou que cerca de 50% da floresta amazônica está próximo de “virar uma grande savana"

Fonte: CenárioMT com inf. Agência Senado

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Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou, em seu pronunciamento nesta quarta-feira (10), a recente publicação do periódico norte-americano Nature Climate Change, que divulgou que cerca de 50% da floresta amazônica está próximo de “virar uma grande savana”, por causa de ações humanas que podem contribuir para o agravamento do aquecimento global.

O parlamentar destacou que, de acordo com o tablóide, o prognóstico revelado prevê que as ações humanas na região da floresta trarão enormes prejuízos para a biodiversidade, pois mudarão os “padrões meteorológicos regionais, além de acelerar de forma dramática as mudanças climáticas já nas próximas décadas”.

Para o senador, publicações desse tipo não são “novidade”. Lembrou que, desde a década de 40, cientistas defenderam a tese conhecida como “desertificação da floresta”, prevendo que a região se transformaria num “grande areal”.

— Estamos em 2022, e os cretinos não reconhecem que estavam errados. Embora se fale nisso há aproximadamente 80 anos, até hoje não houve nenhum fato concreto neste sentido, e nenhum só palmo de terreno em toda a Amazônia se tornou areal — afirmou.

Plínio lembrou também que outra publicação recente do projeto MapBiomas revelou, em seu relatório anual sobre desmatamento, ter sido derrubado o equivalente a 1,89 hectare por minuto de floresta, o que significa a derrubada de 18 árvores por segundo. Em sua opinião, esses dados são inverídicos, pois é questionável “a fonte desse estudo”, que não fornece a fonte de dados.

— Fazendo umas rápidas contas, a gente percebe que esses números são duvidosos. Se a cada hora o Brasil perdeu 189 hectares de vegetação nativa ao longo de 2021, a marcha acelerada teria somado 16.557 quilômetros quadrados de desmate, o equivalente a quase três vezes a área do Distrito Federal. O tamanho dessa hipotética área seria 20% superior ao da área desmatada em 2020. Então, olha só: 18 árvores por segundo vai dar quase 600 milhões de árvores por ano, o que é um absurdo, o que é uma mentira — argumentou.

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